A maior greve dos bancários nos últimos 20 anos terminou nesta segunda-feira, 14. Foram 23 dias de paralisação até que os funcionários do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e de bancos privados (Santander, Bradesco e Itaú-Unibanco) encerraram a greve. Apenas o Banco da Amazônia que não aceitou as propostas e segue com o movimento.
Desde o início da paralisação, os bancários queriam um aumento salarial de 11,9%, mas aceitaram a proposta de reajuste de 8%, com ganho real de 1,82%. Os pisos serão reajustados em 8,5%, com ganho real de 2,29%.
Segundo a diretora do Sindicato dos Bancários no Acre, Deborah Fernanda, apesar do reajuste, o motivo que levou a categoria a voltar ao trabalho foi o avanço nas pautas específicas. “Queremos agradecer a compreensão da população que entendeu nossa reivindicação”, disse.
A greve nacional dos bancários fechou mais de doze mil unidades em todo país, sendo que 38 delas no território acreano. “Foi uma greve dura e cansativa, mas conseguimos avançar nas cláusulas econômicas e sociais. Infelizmente, ainda não chegamos a um acordo a respeito das negociações do Banco da Amazônia. Atualmente o Basa no Acre possui 300 funcionários”, explica o presidente do Sindicato dos Bancários do Acre, Edmar Batistela.
Pela nova proposta, a participação nos lucros e resultados será de 90% do salário mais o valor fixo de R$ 1.694. O vale cultura será no valor de R$ 50 por mês e a folga será remunerada. Também foi aprovada a criação de um grupo para debater as razões dos afastamentos dos funcionários por motivos de saúde.
O movimento nas agências bancárias foi intenso nesta segunda-feira. Muita gente aproveitou o retorno para resolver suas pendências. Foi o caso da aposentada Maria Angélica que estava esperando o fim da greve para pegar um cartão que não chegou através dos Correios. “Quando cheguei já tinha muita gente na fila esperando. Espero resolver isso ainda hoje”, destaca.
Os bancários que voltaram ao trabalho compensarão os dias parados com uma hora de trabalho interno até 15 de dezembro.