No fim da manhã desta segunda-feira, 14, representantes do Sindicato dos Aposentados, Pensionistas e Soldados da Borracha do Estado do Acre (Siacre), foram recebidos pelo governador Tião Viana.
Eles apresentaram a necessidade da categoria. Os soldados da borracha recebem benefício de dois salários mínimos (R$1.356,00), mas acreditam que deveriam receber sete, mesmo valor que os “pracinhas” (ex-combatentes da Força Expedicionária Brasileira (FEB), que lutaram na Itália durante a Segunda Guerra Mundial). Dos milhares de soldados que foram à luta na Itália, menos de 6% perderam suas vidas. Já os nordestinos que migraram para gerar borracha para ajudar na aliança internacional, os soldados da borracha, foram mais de 50%. Por isso, acreditam que o benefício deveria ser o mesmo.
Há 11 anos os soldados da borracha, reivindicam o aumento do benefício. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 556/2002, estabelece o pagamento de três salários mínimos. “É pouco para o tamanho da missão e o esforço que eles fizeram”, desabafa Iracema Cunha de Carvalho, presidente do Siacre. A proposta, que passou por alterações, tem previsão de ser votada na terça-feira, 15, no Congresso. “Nós lutamos pela defesa da redação original como foi aprovada na comissão, na Câmara dos Deputados, que eles passariam a ganhar de dois para sete salários mínimos”, comenta Luziel Carvalho, assistente social e coordenador da articulação pró-soldado da borracha.
De acordo com o Siacre, na Amazônia, são 12 mil soldados da borracha; mais da metade, 7.335, estão no Acre. O grupo também apresentou demandas específicas e o governador Tião Viana se comprometeu a apoiá-los no que for possível. “Esses soldados da borracha merecem o mesmo reconhecimento que os pracinhas. E é isso que eu vou externar como já fiz ao presidente Lula, à presidenta Dilma e ao Governo Federal”, finalizou. (Secom/Acre)