A votação da PEC 556 esperada há 11 anos pelos soldados da borracha tem expectativa que seja realizada nesta semana e devido a uma alteração no texto original, centenas deles realizaram um ato na manhã desta terça-feira, 15, em frente ao Casarão no centro de Rio Branco. O trânsito na região ficou interrompido durante todo o período.
Atualmente o benefício é de dois salários mínimos. A proposta original prevê um aumento, que representaria o equivalente a sete salários mínimos. Caso a alteração seja aprovada, o valor cairá para três.
“Nós estamos mobilizados em Rio Branco para dizer ao Governo Federal que o soldado da borracha não aceita essa proposta. É uma vergonha”, a presidente do Sindicato Aposentados Pensionistas e Soldados da Borracha do Acre (Siacre), Iracema Cunha.
A votação e aprovação do texto original não pode demorar mais, destaca Iracema. “Mais de 35 mil soldados da borracha que trabalharam nos seringais amazônicos já morreram sem o benefício. Essas pessoas enfrentaram todo tipo de doença, animais e trabalharam muito”, confirma a presidente.
Durante o ato estiveram presentes soldados da borracha de vários municípios acreanos, como Senador Guiomard, Cruzeiro do Sul, Capixaba, Feijó e Plácido de Castro. Segundo dona Maria Santiago, 72 anos, o esposo dela morreu com 92 anos e não chegou a ter o benefício. “Estou recebendo há dois meses e gostaria que todos estivessem recebendo. Não vamos desistir, essa PEC pode mudar a vida de muita gente para melhor”, declara.
Em todo país, 12 mil soldados da borracha esperam pelo benefício. A maioria deles é do Acre, com mais de 7,3 mil.
Fotos/Odair Leal
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