Uma comissão do Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC) protocolou nesta quarta-feira 16, no Ministério Público do Trabalho (MPT), ao Ministério Público Estadual (MPE) e ao Tribunal de Contas da União (TCU) uma série de denúncias sobre os problemas detectados nos hospitais de todo o Estado.
De acordo com o presidente do sindicato, José Ribamar Costa, foram realizadas várias visitas desde dezembro de 2012 e para confirmar a situação precária, mais de 600 fotos estão anexadas as denúncias.
“Durante as visitas conversávamos com a direção dos hospitais e com os profissionais, além disso, a própria população nessas ocasiões faziam algumas reclamações. Detectamos em alguns locais que os repousos são coletivos, no sentido de homens e mulheres dividirem o mesmo espaço. Além disso, profissionais trabalham com materiais enferrujados, falta roupas apropriadas para entrar no centro cirúrgico ou no berçário”, cita o presidente.
O envio das reclamações segue a série de ações que estão desenvolvidas nesta semana para protestar contra a falta de estrutura nas unidades de saúde e a falta de concurso público.
“Vamos pedir a abertura de investigações, pois o dinheiro do SUS está chegando, mas enfrentamos a falta de medicamentos, demora na realização de exames e cirurgias. O governo do Estado ainda insiste em manter a contratação provisória de trabalhadores, adiando o lançamento de concurso público efetivo, o que ajuda a precarizar o atendimento”, afirmou o presidente do Sindmed, José Ribamar Costa.
O sindicalista ainda explicou que uma panfletagem está sendo realizada nos hospitais ao longo desta semana com o objetivo de alertar a população e apontar os verdadeiros culpados dos problemas encontrados.
O presidente do Sindmed voltou a alertar a população que o programa Mais Médicos fornecerá profissionais apenas para os postos de saúde. Os hospitais e os serviços de urgência e emergência continuarão com os mesmos problemas, por isso a categoria reivindica concurso público.
Aumento no número de queixas da população
De acordo o presidente do Sindmed, José Ribamar Costa, tem aumentado o número de queixas por parte da população relativo a demora na realização de exames e consultas. “Soube essa semana de um caso que é inadmissível. Uma usuária do SUS procurou o serviço público para a realização de um exame no coração em seu pai. O agendamento foi marcado para oito meses depois. Há poucos dias a usuária recebeu uma ligação do serviço de saúde, solicitando a presença do senhor para realização do exame. Mas, o pai da usuária havia falecido há sete meses devido a complicações no coração. Até quando isso vai acontecer?”, reclamou o presidente.