A conclusão da BR-364 de Rio Branco a Cruzeiro do Sul tem sido um verdadeiro desafio para o Governo do Estado do Acre. E com o fim do verão amazônico e início do período de chuvas o trabalho tomou uma intensidade nunca antes vista. Acompanhando o ritmo das obras ao longo da rodovia, o governador Tião Viana realizou mais uma visita ao longo da BR-364 durante o sábado, 19, para saber como andam as etapas finais deste que é um dos maiores desafios de engenharia do Brasil.
“O avanço é muito grande. Nós já estamos com 70 km de recuperação ao longo dessas últimas semanas e ainda temos 23 quilômetros para resolver essa etapa agora nos últimos dias de verão. Depois é basicamente recuperar 19,5 quilômetros vindo de Tarauacá, além do trecho do Jurupari, que faltam oito quilômetros para pavimentar”, explica Tião Viana.
O trecho entre o Rio Gregório e Tarauacá deve ficar pronto até o fim do mês. A disposição dos operários é tão grande para a entrega, que eles trabalham inclusive no sábado. Tião Viana fez questão de agradecer aos funcionários que encontrou ao longo da rodovia.
“Essa obra é uma verdadeira epopeia. Desde 1999 o governo tem feito uma luta constante. Neste ano não vai ser diferente, nem nos próximos 20 ou 30 anos. É uma região que está em formação, de solo difícil de se trabalhar, materiais que vêm no mínimo de 600 quilômetros de distância”, destacou o diretor-presidente do Departamento de Estradas de Rodagem do Acre (Deracre), Ocírodo Oliveira Junior.
E pela primeira vez na história é o Deracre que tem realizado as obras da BR-364, com mais de 300 homens e cerca de 100 máquinas pesadas, sem a necessidade de empresas terceirizadas. A grande preocupação é concluir o último trecho não pavimentado da rodovia, oito quilômetros entre o Rio Marucaju e o Rio Jurupari. Antes eram 47 quilômetros não pavimentados.
Acompanhando o governador Tião Viana, o diretor do Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac), Fernando Lima, aproveitou para observar áreas queimadas ao longo da BR-364 e lembrou que o trabalho do Imac foi intenso este ano, mesmo com a liberação de um hectare de queimada por produtor para a agricultura familiar. “Temos os núcleos em cada município e o que percebemos principalmente aqui na região do Juruá é que tivemos um ano relativamente tranquilo com relação as queimadas no entorno e acostamento da BR-364”, ressalta Fernando. (Samuel Bryan / Foto: Gleilson Miranda-Secom)