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Greve dos Correios faz 13 dias e categoria espera julgamento no TST

Em greve há 13 dias, os trabalhadores dos Correios aguardam o julgamento do caso no Tribunal Superior do Trabalho (TST), que deve ocorrer em Brasília, na próxima terça-feira (8). Além disso, a empresa não aceitou a contraproposta da categoria apresentada na semana passada. No Acre os Correios contam com 320 servidores.

De acordo com a presidenta do Sindicato dos Trabalhadores em Correios no Acre, Suzy Cristiny, que está em Brasília participando das negociações e das manifestações em prol dos servidores, a empresa não quer se desgastar com a categoria.

“A empresa colocou toda a responsabilidade para o TST. Esta é a conduta que ela vem seguindo nos últimos anos. Não quer ter desgaste com a categoria”, disse. Por outro lado, os Correios afirmam que todas as possibilidades de negociação foram esgotadas.

Na contraproposta apresentada pela classe, constava que os 8% oferecidos pela empresa no reajuste salarial também atingiriam outros benefícios  oferecidos aos trabalhadores. De acordo com Suzy, o piso da categoria está defasado e a empresa objetiva reduzir os benefícios.

“Além de tudo, estamos pedindo assistência médica e a contratação imediata do pessoal que passou no concurso”, diz.

O julgamento no TST está marcado para ser realizado na próxima terça-feira (8). De acordo com a representante do sindicato, a categoria está se mobilizando para fazer um ato nacional durante o julgamento em Brasília.

“Vamos manter nossa resistência. Infelizmente a situação é essa. Uma vergonha. Essa não é a política que esperávamos para os trabalhadores. Mas não vamos nos entregar. É uma questão de honra também”, ressalta Suzy.

O diretor regional dos Correios no Acre, Samuel Nolasco, disse que todas as tentativas de negociação foram esgotadas. “O que a empresa pode pagar o sindicato não aceita. Só que 5 sindicatos já aceitaram nossa proposta e já devem receber a diferença e o salário corrigido”, diz.

Mesmo com a greve, o diretor afirma que não houve muitos prejuízos no Acre. De acordo com a direção regional, no Estado houve uma adesão de 6,85%, o que não acarretou prejuízos aos serviços oferecidos pela empresa. “As encomendas, postagens estão normais. Foram registrados alguns atrasos na Capital, mas estamos trabalhando aos sábados e fazendo hora extra para que não haja prejuízos maiores”, finalizou.

Reivindicações
Em greve desde o último dia 19, a categoria reivindica, entre outros pontos, um reajuste de 15% mais inflação, manutenção do plano de saúde, contratação de novos profissionais e a mudança na entrega das correspondências.

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