Wilson lembra que a ideia do Senadinho surgiu no dia da inauguração do prédio do Palácio das Secretarias, na gestão do então governador e hoje senador Jorge Viana (PT). “Fiquei responsável pela contratação da banda. A festa foi um sucesso, tanto que as pessoas chegaram para mim e pediram que aquele momento de dança se repetisse pelo menos uma vez na semana. Levei a demanda ao meu superior, que aceitou e me deu esta missão”, relata.
De acordo com o coordenador, a iniciativa foi consolidada pelo Governo do Estado, por meio da Fundação Elias Mansour (FEM). Aproximadamente 200 pessoas frequentam o Senadinho nos dias de atuação.
Além do aniversário, Wilson comemora 40 anos de serviços ao Estado. Para o coordenador, o maior presente é fazer parta da família do Senadinho, ao qual ele passa a pertencer ao atingir os 60 anos de vida.
Ao som de bandas que tocam desde o forró pé de serra aos melhores clássicos do chorinho, os frequentadores do espaço garantem que a atividade aumenta a qualidade de vida. “É um dos melhores lugares. Primeiro, pelas amizades que se conquista aqui. Venho pra cá há quase 10 anos e sinto como se estivesse em casa”, declara o aposentado João Fernandes de Araújo, 66 anos.
Outro que não pode faltar ao forró do Senadinho é o aposentado José Brasil Dourado, que aos 69 anos é um dos que mais dança no local. Ele conta que paga uma pessoa para ir deixá-lo todas as quartas e sextas-feiras no Centro para poder aproveitar a festa. “Tenho caixa de som em casa e danço sozinho. Amo a música. Meu pai era gaúcho e me ensinou a dançar. Por isso não perco um dia aqui”, afirma.
Pensar que o Senadinho é lugar apenas para idoso é um engano. O casal Celita Maria da Silva e Luiz Cláudio Torres é exemplo disso. Ela, com 46 anos, e ele com 52. Para chegar à 3ª idade ainda falta tempo. No entanto, isso não é empecilho para os dois, que amam o espaço. “Fazer estas atividades nos mantêm saudáveis”, aponta Celita. (Foto: Odair Leal/ A GAZETA)