O funcionário público Anderson Silva Vasconcelos, 29 anos, e o amigo viveram momentos de terror na madrugada de domingo, 29. Por volta das 4h, eles saíam de uma casa noturna no 2º Distrito da cidade e foram sequestrados. Os dois passaram cerca de 2 horas rodando de carro com armas apontadas para as cabeças até serem abandonados em um ramal no bairro Belo Jardim, na BR-364. Os bandidos levaram a caminhonete de Anderson, modelo Amarok, marrom, de placas NAS 3940.
De acordo com Anderson, quando ele saía do estacionamento da casa noturna percebeu uma caminhonete L 200 vermelha à sua frente manobrando para sair do estacionamento também.
Anderson saiu primeiro e pegou a BR-364, no trecho da Via Verde em direção ao bairro Floresta. Foi quando ouviu uma pancada atrás da sua caminhonete e pensou ter deixado a tampa da caçamba aberta. Parou o carro no acostamento. Quando ia descendo, ele e o amigo, que estava de carona, foram rendidos por quatro homens armados que saíram da caminhonete L 200 de cor vermelha.
Sequestrados são obrigados a entregar cartões de créditos
Após serem rendidos, Anderson e o amigo foram colocados na L 200 vermelha, onde 3 bandidos armados mandaram que ficassem com a cabeça baixa. O cano de uma escopeta foi encostado na cabeça das vítimas.
“Estávamos de cabeça baixa e rodando em vários ramais. Não dava pra ver, mas percebíamos pelo barulho que estávamos em terra de chão. Os criminosos pegaram as nossas carteiras e retiraram os cartões de crédito e celular, mas devolveram os documentos. Depois de 2h, fomos abandonados em um ramal no Belo Jardim, na BR-364”, contou a vítima.
Segundo Anderson Vasconcelos, quando os bandidos chegaram a um ramal, um dos assaltantes queria deixá-los amarrados a uma árvore. Mas o outro assaltante não concordava e mandou apenas que ficássemos deitados no chão, sem olhar para trás, até eles irem embora.
“Ficamos quietos, ouvindo o barulho de 2 veículos de ré se afastando do local onde estávamos. Só que, de repente, ouvimos um barulho diferente. Foi quando percebi que os carros, ou um deles, retornavam em nossa direção. Resolvemos correr dentro da mata. Deixamos passar alguns minutos e ligamos para a polícia e para a família”, detalhou Anderson
Caminhonete ainda não foi recuperada
Segundo Anderson, durante o período em que permaneceu rendido pelos assaltantes, nem ele nem o amigo foram espancados. Ele contou que permaneceu todo o tempo do sequestro dentro do veículo dos assaltantes de cabeça baixa e com uma arma que ele acredita ser uma escopeta apontada para sua cabeça. Os assaltantes quase não falavam.
A Polícia Civil iniciou investigação, mas ainda não conseguiu recuperar a caminhonete roubada pelo bando e nem identificar os integrantes da quadrilha. (L.C.)