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Acreana grávida e mais 4 pessoas morrem em queda de avião monomotor no Pantanal

A acreana Fernanda Braga dos Santos Almeida, 35 anos, e mais 4 pessoas morreram em um acidente aéreo na manhã do último sábado, dia 19. Entre as vítimas, estão a filha de 1 ano da acreana, e seu marido, o pecuarista Ricardo Jardim de Almeida, 48 anos, que supostamente pilotava o avião monomotor, prefixo PT NKO modelo P28R. Rudney Joca Monteiro, 50 anos, um caseiro de fazenda, e Michele Dias Marques, uma babá de 18 anos, completam a lista das vítimas.

A aeronave caiu no pantanal sul-matogrossense, em uma área conhecida como  Nhecolândia, em um trecho entre a cidade de Corumbá e a capital Campo Grande. O avião decolou do aeródromo Teruel, na capital daquele estado, por volta das 5h30 da manhã de sábado. Ela tinha como destino a fazenda Gertrudes, em Corumbá, de propriedade do marido da acreana.

Pouco mais das 7h da manhã, Ricardo (que tinha brevê há cerca de 2 anos), declarou que estava voando em estado de emergência. A partir daí, ele perdeu contato com a torre de controle. Às 8h, o avião foi dado como desaparecido. A Força Aérea Brasileira (FAB), no entanto, seguiu seu procedimento padrão e realizou buscas ao avião à tarde. Dois helicópteros e mais de 20 aviadores militares foram mobilizados para os trabalhos de busca.

Nada foi encontrado no começo das buscas. Por volta das 17h10 da tarde, uma aeronave civil descobriu, por acaso, destroços do monomotor. A FAB não pode fazer o resgate das vítimas na noite de sábado, devido à baixa visibilidade. Eles só pousaram perto do local da queda do avião e constataram que não havia sobreviventes. Só na manhã de domingo, dia 20, equipes foram até o local por terra e identificaram os corpos de todas as 5 vítimas.

O Instituto Médico-Odontológico Legal de Campo Grande (Imol) recebeu os cadáveres e fez a identificação dos corpos no final da tarde de domingo.

Não se sabe ainda a causa do acidente. De acordo com o tenente da FAB responsável pela missão de resgate, Luciano Rodrigues, ainda será aberto um inquérito técnico para avaliar se todas as condições de segurança do monomotor foram seguidas. Paralelo a isso, uma investigação policial também deve ser instaurada, a fim de se obter provas de natureza criminal sobre o caso.

Os lamentos por uma morte prematura
A acreana Fernanda Braga Almeida estava grávida de 2 meses. Ela trabalhava como relações públicas na empresa Plaenge e morava em Mato Grosso do Sul com o marido. Pelas redes sociais, muitas pessoas lamentaram a morte trágica dela e das demais vítimas. Para os amigos, ela era considerada uma pessoas meiga, educada e batalhadora.

Alexsandro Nogueira, que foi colega de Fernanda nos 4 anos de faculdade, diz que deu várias caronas à jovem vítima. Para ele, Fernanda sempre foi muito gentil. “Era uma menina muito meiga e dócil. Era também muito esforçada e batalhadora”, comenta.

“Era uma pessoa extremamente educada, de muita finesse. E a apesar de toda a competência e talento sempre teve uma postura dócil e gentil”, conta Mayra Franceschi, que foi professora de Fernanda na faculdade.

“Gente alegre e trabalhadora, residiam no mesmo condomínio onde moro. A sua partida deixa uma enorme tristeza em todos aqueles que tiveram o privilegio de com eles conviver. Que Deus conforte as famílias e os tenha entre os seus”, declarou o secretário de habitação do MS, Carlos Marun, sobre a morte de Fernanda e seu marido.

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