A CPI da Câmara Federal que investiga a exploração sexual de crianças e adolescentes no Brasil chega ao Acre neste domingo, 6. Na segunda-feira, a comissão realiza uma audiência pública na Aleac para ouvir envolvidos na Operação Delivery. Além disso, vão apurar autoridades para explicar denúncias de que 200 crianças nasceram na Maternidade Bárbara Heliodora nos últimos anos, filhos de adolescentes.
As informações foram repassadas pela vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, deputada Antônia Lúcia Câmara (PSC/AC). Ela confirmou que a comissão deverá ouvir o pecuarista Assuero Veronez, que na época em que a CPI esteve no Acre não foi ouvido. “Ele [Veronez] está na lista para ser ouvido. Vamos aguardar”, disse a parlamentar.
Os parlamentares que devem vir ao Acre são os deputados Jean Wyllys (PSOL/RJ), Liliam Sá (PR/RJ) e a presidente da CPI, Érika Kokai (PT/DF). A intenção dos parlamentares é mapear a rota de prostituição de menores no país, para que sejam elaboradas políticas públicas no sentido de barrar a exploração sexual de menores.
Na oportunidade, a deputada Antônia Lúcia falou do episódio envolvendo ela e o deputado Sibá Machado (PT/AC). Ela acusou o parlamentar de ter ‘induzido’ os líderes petistas a acreditarem na sua versão de que assinou a CPI da BR-364 por engano.
De acordo com ela, o deputado fez 2 assinaturas. “Ele tanto rubricou quanto assinou por extenso. Então, ele não foi enganado. Entrei com uma representação pedindo a sua cassação por quebra de decoro parlamentar”.