Os produtores rurais de Plácido de Castro procuraram a Aleac para denunciar a demora na conclusão do inquérito policial que investiga o roubo de milho de um silo graneleiro gerenciado pelo Governo do Estado. De acordo com os produtores, foram saqueadas 4.500 sacas do produto. Os agricultores esperam resposta há 1 ano.
Os produtores rurais reclamam que o acordo celebrado por eles e o Governo do Estado, para o pagamento do prejuízo em horas de tratares para o novo plantio, não foi cumprido pela Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof).
Com as perdas, os plantadores de milho estão desmotivados e endividados com os agentes financeiros. O produtor rural, Sebastião Câmara, lamenta os prejuízos. Ele teve 364 sacas de milho subtraídas do silo e um prejuízo de mais de R$ 10 mil.
“Meu prejuízo foi de 364 sacas de milho. No mercado, vendia cada saca a R$ 30,00. Não sei o que fazer. Tenho o trator para pagar e tive que pegar emprestado para não cair em falta com o trator”, diz o produtor com ar de preocupação.
O deputado Wherles Rocha (PSDB) denunciou o caso e a reação dos parlamentares, tanto da base governista quanto de oposição, foi imediata. Todos relataram que a denúncia é grave e cobraram a presença do secretário da pasta, Lourival Marques.
O deputado José Luís Tchê (PDT) disse acreditar no trabalho de Marques, mas pediu para que o gestor compareça ao parlamento para falar sobre o assunto e apresentar uma solução aos produtores.
Já o petista Jonas Lima (PT) disse que as denúncias são graves e pediu que sejam apuradas. Disse que, mesmo sendo da base de sustentação, não pode se calar diante dos relatos apresentados pelos produtores. “São denúncias graves. Precisa-se de apuração”.
O discurso mais consistente quanto ao tema foi do peemedebista Chagas Romão. O parlamentar afirmou que os silos foram construídos com recursos do povo e cobrou o ressarcimento imediato dos produtores. “Quero que eles sejam ressarcidos. Não queremos discursos e explicações vazias, pois isso não vai pagar as suas contas. Eles não viriam aqui, de longe, para trazer denúncias vazias”, disse o deputado.
Ficou acertada uma reunião com os produtores, sindicalistas, parlamentares e secretários de Estado para prestarem esclarecimentos.