“Se já éramos pequenos, ficamos menores hoje”. Essa foi a avaliação do líder do Partido dos Trabalhadores na Aleac, Geraldo Pereira, após o bate boca entre o presidente da Mesa Diretora, deputado Élson Santiago (PEN) e o oposicionista Gilberto Diniz (PT do B).
Gilberto Diniz culpou a Mesa Diretora pela demora em colocar a PEC que extingue a pensão de ex-governadores em votação. Diniz, em resposta ao deputado Manoel Moraes (PSB) que disse o porquê não assinou a proposta, afirmou que cabe a Mesa a responsabilidade pela tramitação das matérias que entram na Casa e pontuou que não poderia ‘enforcar’ o presidente para que este colocasse a matéria para análise.
“Tem uma Mesa Diretora para fazer andar. Tem a PEC do deputado Luís Tchê que está parada também. Eu não posso, Manoel, enforcar o presidente para que ele coloque a PEC para ser votada. Quem sabe na próxima legislatura teremos outro presidente”, disse Diniz.
Irritado com as declarações de Diniz, Élson Santiago fez sua defesa da Mesa do parlamento. Gilberto o acusou de quebrar o regimento interno ao se pronunciar diretamente da Mesa. Santiago afirmou que era o presidente e que poderia se pronunciar dali. Aparentemente nervoso, Santiago disse que o colega desconhece o regimento interno. “Você é um burro. Você é um burro, tem que ler o regimento interno da Casa”.
Em resposta, Gilberto Diniz chamou Santiago de “babaca”. Os ânimos se exaltaram com a Galeria Marina Silva lotada de professores e o que se ouviu foram gritos eufóricos dos manifestantes, enquanto os parlamentares batiam boca.
Santiago disse que iria retirar Gilberto Diniz, por desrespeitar a Mesa e fazer ‘acusações infundadas’. “Eu vou lhe retirar do plenário. Eu tenho moral pra isso. Você primeiro respeite os homens, você é um moleque. Eu não vou me render a pressão de deputado e nem de cartazes”, desabafou Santiago.
Ao final de toda a confusão, o que se via era deputados tentando justificar o que havia ocorrido. O deputado Jamyl Asfury (PEN) reconheceu a trajetória política de Élson Santiago. Já o líder da oposição, Wherles Rocha (PSDB) manifestou apoio a Gilberto Diniz, e afirmou que a Mesa não pode ter atitudes dessa natureza apenas por não concordar com a visão de um parlamentar.