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Quarto Festival Pachamama começa com homenagem a Chico Mendes e filme sobre índios guaranis

“Uma tradição no calendário cultural de Rio Branco”. Assim o prefeito Marcus Alexandre definiu a realização de mais uma edição do Festival Internacional Pachamama – Cinema de Fronteira que iniciou na noite nesta segunda-feira,18,  com solenidade no Cine Recreio. Até o próximo domingo, dezenas de filmes de curta e longa metragens produzidos no Brasil e em diversos países da América Latina e Espanha serão exibidos gratuitamente durante o festival, criado para promover o intercâmbio cultural e a integração econômica e social entre os países da região tri-fronteira – Brasil, Peru e Bolívia – da qual o Acre faz parte.

Na abertura oficial estiveram presentes a primeira-dama Marlúcia Cândida, representando o Governo do Acre; Angela Mendes, filho de Chico Mendes, representando o Comitê Chico Mendes; Enock Pessoa, representante da universidade Federal do Acre, parceira do evento nesta edição; Erick Lopez, diretor cultural do Ministério de Culturas e Turismo da Bolívia; cônsul do Peru no Acre, Jesus Carranza, que lembra que o consulado apoia o festival desde sua primeira edição por acreditar na cultura como elemento de transformação e integração dos povos. 
Na solenidade, os 25 anos de morte do sindicalista e ambientalista Chico Mendes foram lembrados. “Em quechúa, Pachamama quer dizer a mãe Terra, a terra que não tem fronteiras e Chico Mendes é o representante deste conceito de se sonhar com uma terra sem fronteiras. Chegará o momento que o Pachamama crescerá e levará seus filmes ao Peru, à Bolívia, ao Chile”, disse o cônsul do Peru no Acre, Jesus Carranza.

Em homenagem à memória de Chico, o festival convidou os artistas Pia Vila, o grupo Tambor de Fulô e seus Cravos para a apresentação cultural da noite. Em seguida, o 4º Festival Pachamama iniciou as atividades de exibição de filmes da Mostra Tri Fronteira com o boliviano Yvy Maraey – Tierra sin mal, de Juan Carlos Valdivia, que narra a trajetória do cineasta e do líder indígena Elio Ortiz através das florestas do sudeste da Bolívia para contar a história e a cultura dos índios guaranis. Ortiz lembra que este é o primeiro filme que trata da vida e cultura dos índios desta etnia. “Este filme foi trabalhado durante seis anos. Não é um documentário somente, nós interpretamos a nós mesmos para mostrar um pouco sobre este povo”, explicou.

Programação diversificada segue até domingo – Até domingo, 24, o público terá muitas opções de filmes disponíveis na Mostra Tri Fronteira, Mostra Zé do Caixão, Mostra Valdivia, Mirada Latina, Mirada do Mundo, nas mostras competitivas de curtas e longas metragens e na Mostra de Cine Comunitário e ainda no Cine Nómadas dos Bairros. São mais de 50 exibições gratuitas. O público também pode conferir ainda os debates, shows, festas, voos promocionais de balão. Toda a programação completa está disponível no www.cinemade fronteira.com.br.

A quarta edição do Festival Internacional Pachamama – Cinema de Fronteira é apresentado pela Petrobras, uma realização do Grupo Pachamama e Amazônidas Consultoria patrocinado pelo governo do Acre, por meio do Edital de Incentivo à Cultura da Fundação Elias Mansour com apoio cultural e institucional da prefeitura de Rio Branco, Universidade Federal do Acre, Consulado Geral do Peru, Festival Internacional de Valdivia, Eme Amazônia, Cineclube Opiniões, Grupo Nómadas, Associação Yanemarai e gabinetes da deputada federal Perpétua Almeida e senador Aníbal Diniz, entre outros parceiros e apoiadores. (Golby Pullig / Assessoria do festival/ Foto: Talita Oliveira)


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