Ícone do site Jornal A Gazeta do Acre

Padre especialista em medidas socioeducativas é contratado pelo ISE/AC e prioriza planejamento

Padre Agnaldo Soares ao lado do presidente do ISE Henrique Corinto durante visita recente ao Acre - FOTO BRENNA AMÂNCIOO presidente do Instituto Socioeducativo do Acre (ISE), Henrique Corinto, anunciou, nesta quinta-feira, 28, a aceitação do padre Agnaldo Soares de Lima, referência nacional das medidas socioeducativas, em fazer parte do quadro de servidores do ISE.

A implantação do Núcleo de Atendimento Integrado (NAI) será uma das prioridades do padre enquanto estiver atuando no instituto. Além disso, ele também irá trabalhar na elaboração do Plano Estadual da Política Socioeducativa, na finalização do Projeto de Política Pedagógica (PPP) da instituição e na adequação dos programas de socioeducação a nível nacional.

O objetivo é construir o marco legal para que outras gestões possam seguir. Trata-se de um plano de Estado, com visão macro e com características permanentes.

Em recente visita ao Acre, padre Agnaldo participou de um seminário realizado pelo Tribunal de Justiça do Estado. Na ocasião, ele conheceu algumas das unidades socioeducativas de Rio Branco.

Segundo o padre, o Acre é um diferencial no Brasil quando se trata da execução das medidas socioeducativas. Desde dezembro de 2012, o Estado aposta em um modelo de semiliberdade, pioneiro no país, no qual o adolescente passa o dia na unidade, realizando atividades de escolarização e profissionalização, e à noite retorna para casa, como em uma escola em tempo integral.

De acordo com Henrique Corinto, a chegada do padre irá dar maior visibilidade no Brasil em relação ao trabalho desenvolvido no Acre. “Eu propus a ele o desafio de nos ajudar a construir e organizar os marcos teóricos das normativas legais do ISE frente à nova lei do Sinase”, informa.

Segundo o chefe da Divisão de Meio Fechado do ISE, Leonardo Carvalho, uma das maiores contribuições do novo servidor será a articulação. “Ele tem facilidade de contato com o judiciário, com o Ministério Público, com a Defensoria e com a Secretaria Nacional de Direitos Humanos, além de ser uma autoridade no assunto. Todos esses fatores serão primordiais na integração dos poderes que tratam o sistema de justiça juvenil”, declara.

Padre Agnaldo já atuou como coordenador adjunto do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase). Em 2011, foi convidado a trabalhar na Secretaria Nacional de Direitos Humanos. Atualmente ele vive em Brasília, na comunidade dos Salesianos. (Texto e foto: Assessoria ISE)


Sair da versão mobile