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ISE e Senac garantem mais 1.600 vagas em cursos para o sistema socioeducativo

A parceria entre o Instituto Socioeducativo do Acre (ISE) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) garantiu mais 1.600 vagas em cursos profissionalizantes aos adolescentes privados de liberdade, para 2014. A oportunidade é oriunda do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).

Serão 20 títulos diferentes com cursos nas áreas da administração, informática, beleza e gastronomia. Só este ano, aproximadamente 300 vagas já foram disponibilizadas e a previsão é de que até o final do ano, 400 atendimentos sejam fechados.

De acordo com o diretor de educação profissional do Senac, Abraão Maia, oportunizar e capacitar adolescentes em conflito com a lei para a conquista de um emprego pode minimizar a situação da violência. “O Senac tem a missão de educar para o trabalho. Nós não temos distinção de a quem educar. Perceber que, através da profissionalização, estamos causando alguma mudança na vida desses jovens, colocando na frente deles perspectiva de melhoria na qualidade de vida, é gratificante”, declara.

As duas instituições são parceiras desde 2009, quando foram autoras de um projeto para qualificar 200 socioeducandos, por meio de um convênio. Com as facilidades que o Pronatec trouxe, tornando obrigatória a inclusão de adolescentes em medidas socioeducativas nos cursos, o número de vagas cresceu. “Agora o ISE, por meio da Secretaria de Direitos Humanos da Casa Civil, passou a ser demandante”, explica Abraão.

Segundo o presidente do ISE, Henrique Corinto, a disponibilização de vagas nos cursos tem causado transformação no comportamento e no pensamento dos jovens privados de liberdade. “Alguns voltaram a acreditar no melhor deles, a se sentirem importantes e capazes de conquistar o sustento com dignidade. As famílias também entram nesse processo, sendo contempladas com vagas. A comunidade é outra beneficiada. Então, o Governo do Estado, juntamente com parceiros tão importantes como o Senac, buscam a melhor forma de reduzir a reincidência desses jovens ao sistema. E para isso, não há outra fórmula mais eficaz do que mostrá-los que é possível viver a vida de forma diferente daquela que eles conhecem”, finaliza. (Brenna Amâncio / Agência Acre/ Foto: Diego Gurgel)


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