O Batalhão Ambiental da Polícia Militar do Acre (PM/AC) desmantelou mais um acampamento de madeireiros atuando de forma ilegal no interior de Rio Branco. O batalhão realizou uma ação no dia 29 e conseguiu prender 6 pessoas de Rondônia, no km 12 do Ramal do Jarinal, que fica localizado no km 72 da Estrada Transacreana. Com o grupo, os policiais apreenderam 21 toras de madeira, 2 tratores, 1 caminhão e 2 motosserras.
O batalhão da PM chegou até o grupo após receber uma denúncia anônima. A investida contra os madeireiros contou com o apoio do Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac), que executa as ações administrativas no caso, enquanto o Batalhão Ambiental cuida da parte criminal.
De acordo com o major Negreiros, comandante do Batalhão Ambiental da PM, o grande destaque da operação foi a apreensão dos equipamentos. Isso porque a equipe de madeireiros rondonienses já tinha feito o mapeamento de áreas nas proximidades. Ao todo, eles já tinham esquematizado 4 ou 5 colônias vizinhas e se preparavam para irem ‘explorá-las’.
“Como eles agem? Eles chegam na propriedade e negociam R$ 50,00 por cada m³ de área para ser explorada. Além disso, prometem construir açudes e estradas com suas máquinas para os proprietários. Em troca, extraem e levam a madeira para a venda. Estamos trabalhando para acabar com isso, impedindo a atuação destes grupos no Estado. Já fizemos várias operações nos entornos de Acrelândia, e vamos continuar com os trabalhos”, comentou Negreiros.
O comandante do Batalhão Ambiental também contou que os madeireiros detidos já atuavam desta forma no Pará e em Rondônia. E nunca tiveram tantos problemas com a fiscalização quanto estão tendo no Acre. “Eles disseram que nunca pensaram em ver um trator deles em cima da nossa carreta para ser apreendido. Se lá é fácil extrair madeira ilegalmente, aqui as coisas são bem mais difíceis. Desta vez, o grupo já até falou em desistir de agir por aqui”, ressaltou o major.
As 6 pessoas detidas foram levadas à Delegacia de Flagrantes (Defla), da 1ª Regional. Lá, elas assinaram um termo e foram liberadas (já que a legislação ambiental é branda e prevê que os infratores sejam apenas indiciados por crime de menor potencial, respondendo em liberdade). Já os equipamentos apreendidos continuam confiscados e podem ser doados para atividades de instituições necessitadas e trabalhos sociais, dependendo da sentença proferida em juízo.
O batalhão ainda trabalha com as suspeitas de o grupo ter compradores em Rio Branco.
(Fotos: cedidas)