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“Eu vou me dedicar integralmente ao partido”, afirma Ermício Sena

A GAZETA começa hoje a entrevistar os 2 candidatos à direção regional do Partido dos Trabalhadores (PT) no Acre. Os mesmos critérios foram adotados para os 2 candidatos. Desse modo, garantimos ao leitor e eleitor a maior isenção sobre o Processo de Eleições Diretas (PED) que acontece neste domingo, dia 10. O quantitativo total de filiados ao PT, no Acre, é de 8 mil. Só que apenas 3.200 estão aptos a irem às urnas.

O entrevistado desta sexta-feira, 8, é o professor universitário Ermício Sena. Ele tem apoio dos principais líderes do Partido dos Trabalhadores que detém cargos majoritários, como o governador Tião Viana; o prefeito de Rio Branco, Marcus Alexandre; e dos senadores Jorge Viana e Aníbal Diniz. Ermício milita no PT há 23 anos e no domingo concorre na chapa: Renovar a Política.

A GAZETA: Quais as metas da sua gestão para o Partido dos Trabalhadores?
Ermício Sena: Temos objetivos muito claros para 2014. O primeiro deles é a reeleição do governador Tião Viana e da presidenta Dilma Rousseff. O outro objetivo é o fortalecimento do partido junto aos diretórios municipais e aos movimentos sociais. O PT tem que fortalecer tanto do ponto de vista institucional quanto da relação com os movimentos sociais. Estes são os nossos desafios.

A GAZETA: O senhor acredita que o PT se distanciou dos movimentos sociais?
E.S.: Acredito que o PT é o partido que está na frente, que governa. Então, é o partido que cria, elabora, implementa e avalia políticas públicas para os movimentos sociais. Muitas das reivindicações dos movimentos estão dentro das nossas políticas públicas. Muitos dos nossos quadros dos movimentos sociais fazem parte do nosso governo.

Precisamos que os temas dos movimentos sociais venham para dentro do nosso partido a cada dia. Essa é a nossa essência.

A GAZETA: O que se questiona hoje é que existe uma divisão dentro do PT. Como o senhor visualiza esse questionamento?
E.S.: O PT é um partido democrático que criou o PED. O PT, estatutariamente, permite que dentro do partido tenham ideias divergentes e hoje no PED elas estão muito em evidência. Nós estamos propondo que o PT tenha uma gestão aqui, no Acre, e o deputado Sibá pretende administrar o PT de Brasília. A outra diferença grande é que o PT abrigue todas as correntes e dialogue com todas.

A GAZETA: O que o PT ainda não alcançou na sua trajetória política?
E.S.: O PT aqui no Estado tem 15 anos de administração e fez muito pelo o nosso povo. O que precisa é dar continuidade ao projeto, avançando. O governador Jorge Viana fez um belíssimo trabalho que foi resgatar as instituições. O governador Binho Marques consolidou isso com as políticas públicas. E o governador Tião Viana está visualizando que precisa apontar um caminho para a industrialização. Estamos consolidando o que pensamos lá atrás: que o Acre poderia ser um estado forte, politicamente, socialmente e economicamente. Agora nós estamos consolidando isso.

A GAZETA: Perpétua e Aníbal. Como o senhor avalia esse momento em que o PT vive dentro da Frente Popular em que poderá ter dois candidatos ao Senado?
E.S.: Os partidos têm autonomia para apresentar seus candidatos. O senador Aníbal demonstrou ser um grande senador. Destacou-se nacionalmente. Orgulha os acreanos e o PT. Vamos colocar isso pra Frente Popular. Ele representa as raízes do Partido, sempre foi muito fiel ao partido e a FPA. Então, nesse sentido, temos lealdade ao companheiro. Acredito que vamos ter a maturidade para conduzir isso. Eu vou defender uma candidatura única. Buscar a unidade. Levaríamos esse debate para o conselho da FPA e vejo isso como extremamente democrático.
Outra avaliação que faço é quais dos 2 podem representar o que é melhor para a FPA? Qual o rendimento eleitoral que poderemos ter? Isso é um debate que cabe a FPA discutir e avaliar. O PT na-cional tem uma diretriz que onde detemos cargos majoritários devemos lançá-los no pleito eleitoral.

A GAZETA: Defende-se muito que a presidência do PT seja de dedicação exclusiva, qual seu posicionamento sobre o assunto?
E.S.: Vou fazer um gesto pelo partido, em fevereiro, eu vou abrir mão do cargo de secretário de Estado e de lançar minha candidatura a deputado estadual. Vou me dedicar integralmente ao partido. Qualquer companheiro que buscar no partido vai me encontrar. Acredito que nossa direção precisa ser profissionalizada. Estamos trabalhando verdadeiramente na executiva para que as reuniões aconteçam nas regionais. Eu andei todos os 22 municípios. Eu pude fazer isso, diferente do companheiro Sibá. Ele não está aqui. Eu consegui falar com mais de 2 mil pessoas.

A GAZETA: Quais os equívocos na candidatura de Sibá que o senhor apontaria?
E.S.: Falta de compreensão que a unidade não pode ser em torno de apenas um nome. Nós temos o maior prazer em ajudar os companheiros da velha guarda. Nós queremos que eles sejam os propulsores para a nova geração. O companheiro Sibá não esta vendo desta forma. Ele só acha que é possível. Agora eu acho que outro companheiro tem o direito de dirigir o partido.

A GAZETA: Suas considerações finais…
E.S.: O PED deve ser recebido como o processo mais democrático que o Brasil vive. Nenhum partido faz o que o PT faz em todo o país. E, eu só tenho aqui é que agradecer aos nossos companheiros pelo apoio e convidá-los para no domingo comparecer as urnas para que possamos continuar avançando.

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