O deputado Geraldo Pereira, líder do Partido dos Trabalhadores (PT) na Aleac, pediu celeridade ao Supremo Tribunal Federal (STF) para julgar o mensalão mineiro, que tem prazo para ‘caducar’ em abril de 2014. Ele defendeu que o STF não se utilize de 2 pesos e 2 medidas, para que não se configure ‘julgamento político’.
“Falta o Supremo julgar o mensalão mineiro, que é a matriz de tudo isso, para que não digamos que o mensalão foi um ‘julgamento político’. Precisa dar a mesma celeridade”, argumentou o parlamentar petista.
Assim como Pereira, outros petistas, como o senador Jorge Viana (PT/AC), defendem que o STF não pode deixar o mensalão mineiro prescrever. Para Viana, o julgamento também não deve ser seguido como um modelo pedagógico para a Justiça brasileira, mas o classifica mais como um ‘trauma’.
O processo que investiga o desvio de recursos públicos para a formação de Caixa 2 na reeleição de Eduardo Azeredo (PSDB/MG) ao governo mineiro se arrasta desde 1998 e ainda não há data de julgamento definida.
A lentidão na análise da matéria pode beneficiar Cláudio Mourão, ex-tesoureiro da campanha de Azeredo, apontado pelo Ministério Público como um dos mentores no desvio de recursos. Mourão completa 70 anos em abril do próximo ano e poderá ter o crime como prescrito.
No mensalão mineiro, 10 réus fazem parte do processo que tramita também na Justiça estadual, em 1ª instância, e sem direito a foro privilegiado. Os réus são acusados de formação de quadrilha e peculato, ou seja, desvio de recursos públicos.