X

“O PV não tem intenção de se perpetuar no poder”, diz Henrique Afonso, pré-candidato oficial ao governo

“O Partido Verde não tem intenção de se perpetuar no poder”. Esta foi uma das frases iniciais do deputado federal Henrique Afonso, ao oficializar a sua pré-candidatura ao Governo do Estado. Acompanhado de lideranças da oposição, como o presidente do PP/AC, deputado federal Gladson Cameli, e o presidente do DEM/AC, Tião Bocalom, entre outras lideranças partidárias. Ele falou de uma nova visão de desenvolvimento para o Estado.

 De acordo com ele, o Acre precisa de uma alternância de poder, o que é salutar para a democracia. Ele afirmou que não se pode perpetuar os governos, mas sim que sejam criadas políticas públicas continuadas para os mais diversos problemas sociais, como o combate à miséria.

“O Brasil precisa de políticas públicas, e não de perpetuação no poder. O que está aí não é democracia. Que deixemos de ser superestrelas. A nossa aliança aqui é para quebrar paradigmas”, ressaltou Henrique Afonso.

 Ainda de acordo com o pré-candidato, as conversas com o senador Sérgio Petecão (PSD/AC), Tião Bocalom (DEM) e Gladson Cameli (PP/AC) estão avançadas no sentido de uma possível aliança. Ele não descartou um diálogo com a deputada federal Perpétua Almeida (PC do B/AC). Afonso classificou como a verdadeira democracia a sua pré-candidatura ao governo. Henrique não poupou críticas à atual gestão.

 Sempre em nome de Deus, Henrique Afonso não descartou a possibilidade de renunciar à sua pré-candidatura, mas ressaltou que apoiará aquele que aparecer melhor nas pesquisas. Afirmou, ainda, que em fevereiro será apresentado o seu plano de governo e mandou um recado para Frente Popular do Acre.
“A FPA vai ter uma grande surpresa em fevereiro. Teremos o melhor projeto para o Acre. Vou lutar para isso. Tenho me preparado para isso. Acredito que Deus tem usado a Shirley para conduzir este processo do PV conosco”.

 Ao fazer uso da palavra, Shirley Torres, presidenta do PV no Acre, não escondeu seu inconformismo com as lideranças da FPA. Disse que a Frente Popular retrocedeu em seu projeto e acabou ‘estagnada pela ânsia de poder’.

“A FPA era um projeto que tinha um grande respeito, mas caiu na mesmice. De ter o poder pelo poder. Demos bastante chance de continuar, diante da possibilidade que o PV poderia estar na alternância de poder, mas não aconteceu. E nós estamos, sim, buscando novas alianças”, concluiu Torres.

 O deputado Gladson Cameli elogiou a postura do Partido Verde em deixar a FPA e salientou que a sigla tomou uma decisão semelhante ao PP, que em 2010 rachou com a Frente Popular, após as eleições. Na época, o partido foi duramente criticado, mas hoje se apresenta como uma oposição forte e equilibrada. Gladson alfinetou o governo de Tião Viana, afirmando que não há diálogo nas gestões petistas. “Penso que um governador que não aceita uma crítica não pode ser governador”, finalizou.

Categories: POLÍTICA
A Gazeta do Acre: