Após 1 semana da determinação das prisões dos ‘mensaleiros’ petistas, pelo Supremo Tribunal Federal, na Ação Penal nº 470, o deputado federal Gladson Cameli (PP/AC) comentou a decisão do STF. Ele pediu o mesmo rigor para o ‘mensalão’ mineiro, o qual políticos do PSDB estariam ligados a desvios de verbas para a formação de Caixa 2 a ser utilizado na campanha de Eduardo Azeredo (PSDB/MG), à época para governador.
Cameli defendeu que a decisão do Supremo deve ser respeitada, pois se trata da Corte Maior. De acordo com ele, colocar em suspeição o trabalho do STF é um ‘atentado aos direitos democráticos’. Para o parlamentar, o caso não pode ser ‘politizado’.
“Quero parabenizar o STF pela atitude e acredito que os partidos políticos tem que respeitar a maior autarquia do Estado, que é o Supremo, que está fazendo o seu papel. Eu, como deputado federal e representante do povo, tenho é que parabenizar e dizer que a Justiça tem de ser igual para todos, tanto no caso mineiro quanto com esta ação contra o PT”, ressaltou o parlamentar progressista.
O assunto que pautou a semana também não ficou alheio na Assembleia Legislativa do Acre. O deputado Geraldo Pereira (PT) chegou a dizer que o PSDB, do tucano Wherles Rocha, não tinha consciência moral para comentar sobre o mensalão petista. Pereira pediu celeridade no julgamento do mensalão mineiro, pois corre o risco de alguns casos prescreverem. Disse, também, não entender o porquê que alguns casos foram desmembrados com processo que tramita no STF e correm, agora, na Justiça Estadual.
Em resposta ao líder petista, o deputado tucano contra-atacou e pontuou que as lideranças do PSDB não escondem o caso, e não fazem de seus indiciados ‘heróis’, como fica evidente no PT.
O STF deve julgar se concede prisão domiciliar a José Genoíno, presidente nacional do PT à época dos fatos. Genoíno apresenta um quadro de saúde instável. Na última quinta-feira, 21, Genoíno teve um princípio de infarto. O presidente do STF designou que uma equipe médica avalie a situação clínica do petista.
Ainda na última semana, a Câmara dos Deputados suspendeu a sessão que cassaria o mandato de José Genoíno, que é deputado federal, licenciado por São Paulo.