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Esta é a questão

De toda acertada essa decisão da desembargadora Eva Evangelista que, acatando recurso do Ministério Público, suspendeu decisão da juíza da 2ª Vara Cível, que havia liberado recursos bloqueados da Telexfree para a construção de um hotel no Rio de Janeiro.

Com esta decisão, a Justiça põe novamente em foco o objetivo das decisões tomadas por ela mesma neste processo que se arrasta há quase um ano: que a empresa, acusada e condenada de praticar a chamada “pirâmide financeira”, devolva, aos aplicadores ou divulgadores os recursos que lhes foram bloqueados.

Trata-se, aliás, de uma questão lógica e coerente, da qual não se pode prescindir. Se a empresa em questão está operando fora da legislação, por que liberar recursos para a construção de um hotel e não, prioritariamente, a milhares de investidores que teriam sido ludibriados em sua boa-fé, muitos dos quais estão passando até hoje por verdadeiras tragédias familiares? Esta é a questão.

Na verdade, o que se observa é que os proprietários desta e de outras empresas semelhantes continuam alimentando ilusões de lucro fácil e, como se viu recentemente, até mesmo afrontando a Justiça, sem que nada lhes aconteça. Isto precisa acabar.

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