Nas Aldeias Nova Esperança e Mutum, localizadas no alto Rio Gregório, em Tarauacá, o Governo do Estado aposta e investe no etnoturismo como uma alternativa para alcançar a sustentabilidade. Além disso, é possível fortalecer o objetivo do povo yawanawá que, com portas abertas para o mundo todo, poderá contar com infraestrutura para a acomodação de centenas de turistas que procuram a aldeia em busca e conhecer seus costumes e cultura.
Ao todo, são contabilizados, para as duas aldeias, investimentos superiores a R$ 700 mil de recursos oriundos do BNDES e recursos próprios do Estado. Tais recursos são destinados para a construção de casas de artesanato, redários, kupixawas (casas de rituais), abrigos, banheiros, refeitório e escadaria.
Esta semana, técnicos da Secretaria Estadual de Infraestrutura e Obras Públicas (Seop) e Secretaria Estadual de Turismo e Lazer (Setul), estiveram nas aldeias para definir os ajustes finais da conclusão das obras na Nova Esperança e estabelecer o direcionamento do início dos serviços na Aldeia Mutum.
“Aqui na Aldeia Nova Esperança os serviços já estão bastante avançados e em breve todas as obras estarão finalizadas. Solicitamos que a empresa realizasse alguns ajustes e orientamos na realização de alguns acabamentos. Nos reunimos com representantes da Aldeia Mutum e na próxima semana a empresa responsável pela execução dos serviços dará início às construções no local”, explicou a engenheira civil da Seop, Andréia Oliveira.
O turismólogo da Setul, Francismay Moura, que acompanha as ações desde que foram iniciadas, acredita que o etnoturismo será um diferencial, pois irá proporcionar assistência aos turistas na aldeia. “É uma estrutura que não vai servir apenas para os festivais, mas para o fortalecimento da cultura do povo”, analisou.
O povo Huni Kui, é uma etnia que possui cerca de três mil indígenas no município de Jordão. Este mês, o governador Tião Viana e o secretário de Turismo, Leonildo Rosas, estiveram na aldeia Lago Lindo para a entrega de um investimento contabilizado em R$ 460 mil para o fortalecimento do etnoturismo.
No local, foram construídos um porto, uma cozinha com refeitório, alojamentos e um kupixawa. Ao todo o investimento do Governo do Estado para incentivar o turismo étnico na Lago Lindo, Mutum e Nova Esperança é de R$ 1,3 milhão. (Ana Paula Pojo / Agência Acre/ Foto: Diego Gurgel)