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Acre terá em breve a primeira indústria de biodiesel; investimento inicial é de R$ 106 mi

A Comissão Política de Incentivos às Atividades Industriais no Estado do Acre (Copiai) aprovou esta semana o Plano de Negócios da empresa Amazonbio – Acre e Comércio de Biodiesel da Amazônia LTDA.

No Plano, a empresa solicita uma área de mais de 14 mil metros quadrados dentro do Parque Industrial de Rio Branco, para fabricação de biocombustíveis, exceto álcool. A previsão da empresa é investir R$ 106 milhões e gerar mais de 20 empregos direto, no primeiro ano de atividade.

O objetivo da Amazonbio é produzir já no primeiro ano, cerca de 23 mil metros cúbicos de bio-diesel,  a partir do sebo bovino. A comercialização do produto se dará por meio de leilões, promovidos bimestralmente pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). 

O sebo bovino é a segunda matéria prima mais utilizada para produção de biodiesel do país, perdendo apenas para o óleo de soja. No Acre, no total de aproximadamente 20 frigoríficos, somente uns cinco possuem graxarias ou estrutura necessária para produzir o sebo. O que se conclui, é que muita matéria-prima não está sendo aproveitada adequadamente.

Realidade que poderá mudar a partir da instalação da indústria no Parque Industrial de Rio Branco. Segundo dados contidos no Plano de Negócios da empresa, para produzir mil litros de biodiesel serão necessário 960 kg de sebo bovino. Pelo menos três grandes frigoríficos da região são citados no Plano como fornecedores da matéria-prima. 
“Acre é um Estado em expansão”, diz empresário

Um dos proprietários da Amazonbio, Fernando Pimenta, faz uma avaliação positiva em relação ao momento da economia acreana. Para ele, “o Acre é um Estado em grande expansão, de enorme potencial e com profissionais de alto nível”, por isso, a empresa decidiu fazer o investimento.

“A soma destes fatores com a missão de desenvolvimento na região Norte do Brasil levou a Amazonbio a escolher o Acre”, afirma o empresário, lembrando que a intenção é ampliar os negócios nos próximos anos.

Otimista com a empresa que será instalada no Acre, Fernando Pimenta, afirma que a intenção é oferecer produtos para as distribuidoras de combustível da região Norte. “Outro fator importante é que temos no Acre a matéria-prima necessária para suprir as necessidades da empresa a curto a longo prazo”, garante.

Sobre os o cronograma para a instalação completa da empresa, ele afirma que todas as exigências da Agência Nacional de Petróleo serão seguidas, visando, entre outras coisas, obedecer a legislação e garantir a qualidade dos produtos.

“Vamos seguir todas as exigências e prazos estabelecidos da ANP. No primeiro momento, a empresa pretende trabalhar suprindo o mercado interno, porém nada impede que no futuro, com a devida permissão da ANP, também exporte para o Peru”, assegura.

Biodiesel: energia limpa
O biodiesel foi introduzido na matriz energética brasileira em 2005, surgiu como alternativa para os combustíveis derivados de petróleo e também devido a crescente preocupação com o meio ambiente.

É produzido a partir de recursos renováveis, o resultado, é uma energia de queima limpa e sem onerosas modificações dos motores a diesel. Além de ser um ótimo lubrificante e aumentar a vida útil do motor, possui baixo risco de explosão e proporciona ganho ambiental para todo o planeta, pois colabora para diminuir a poluição e o efeito estufa.

O biodiesel produzido a partir do sebo de boi apresenta inúmeras vantagens se comparado com o produzido a partir do óleo de soja, o mais utilizado no  Brasil, como o numero de cetano, a estabilidade e o ponto de fulgor. (Assessoria)


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