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Policiais federais realizam segunda manifestação no novo prédio

Concentrados em frente à nova sede, os policiais federais do Acre reivindicam reestruturação da Segurança Pública, valorização dos profissionais, reconhecimento das atribuições de nível superior, plano de carreira. Escrivães, papiloscopistas e agentes cruzaram os braços nesta quarta-feira, 4, em todo o país. Uma greve geral no ano que vem não está descartada.

Em 2014, o Brasil recebe a Copa do Mundo de Futebol e realiza as eleições para escolha de governadores, senadores e Presidência da República. Por isso, os serviços dos policiais federais são mais que essenciais, explica o represente da categoria, Francisco Perssanha.

“Problemas internos continuam os mesmo. O Governo Federal continua intransigente com a categoria. A beleza do prédio não reflete na condição de trabalho que tínhamos e queremos resgatá-la”, destaca o representante.

Nos últimos 3 anos a Polícia Federal tem sido engessada com o corte expressivo de recursos, e com a desvalorização institucional dos agentes federais. Além disso, foram criados mecanismos para supervisionar previamente as investigações que envolvem políticos, confirma a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef).

Por conta da desmotivação dos servidores, nos últimos meses a direção-geral do órgão tem incentivado a deflagração precoce de operações policiais consideradas rotineiras. E tem ordenado a sua plena divulgação com nomes mirabolantes, como forma de disfarçar o congelamento seletivo de determinados tipos de investigações.

Porém, a estatística anual do número de indiciados pela PF comprova uma realidade preocupante, pois atesta o congelamento das investigações anticorrupção durante o atual governo.

Os policiais pedem também a regulamentação da lei de indenização de fronteira, nº 12.855, aprovada em setembro deste ano. “É direito não só nosso, mas da Polícia Rodoviária Federal, Receita Federal e todos os órgãos estatais que estão abrangidos pela lei com esta indenização para fixar o efetivo na fronteira. Um dos pontos que também vêm sendo desrespeitados”.

Apenas 30% dos serviços essenciais foram prestados à população, como flagrantes, atendimentos de registros de arma e retirada de passaportes. “A gente não quer prejudicar em nada a população. Porém, se futuramente esta for prejudicada, vai ser por absoluta intransigência do Governo Federal”, finaliza Francisco.


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