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AME realiza ato em repúdio às prisões de 11 militares na Operação Gênio

Quase uma semana após as prisões de 11 militares na Operação Gênio, sob acusação do envolvimento no desaparecimento do auxiliar de pedreiro, Gildemar da Silva Lima, a Associação dos Militares do Acre (AME/AC) realizou um ato de protesto na praça Eurico Gaspar Dutra, em frente à Assembleia Legislativa (Aleac).

Colegas de farda, familiares e amigos compareceram ao ato e pediam apenas o direito de que os militares, até o julgamento fiquem presos no quartel, seja cumprido. Gildemar desapareceu em julho deste ano.

Na sexta-feira, 29, um policial foi preso de forma preventiva e outros dez foram presos temporariamente e encaminhados à Unidade de Regime Fechado 4, conhecida como “Papudinha”. Na ocasião do protesto, o presidente da AME, Isaque Ximenes, destacou que os militares tem uma prerrogativa que garante a permanência deles em quartéis, até que sejam julgados.

“Não havia necessidade de levar os militares para o presídio onde só se coloca bandidos de alta periculosidade. Mas, no sábado, 30, eles foram conduzidos para três quartéis da PM, localizados em Rio Branco”, falou o presidente.

Isaque Ximenes disse ainda que os militares não foram ouvidos. “Sabemos que existem pessoas inocentes ali, mas que estão sendo tratadas como criminosas. Não queremos que ninguém pague por um crime que não cometeu, seja ele um militar ou um popular”, afirma.

As investigações estavam sendo feitas pela Polícia Civil do Estado desde o dia 9 de setembro. Segundo a família da vítima, Gildemar conhecido como, ‘Aladim’, foi retirado de dentro de sua casa, no loteamento Praia do Amapá, em Rio Branco, por homens armados que teriam se identificado como policiais.

Três dos 11 policiais presos serão ouvidos pelos presidentes das comissões de Direitos Humanos e de Segurança Pública da Aleac, deputados Denílson Segóvia (PEN) e Jamil Asfury (PEN). O objetivo é averiguar se houve violação de direitos individuais dos agentes. De acordo com as denúncias, houve exposição do inquérito que corria em segredo de Justiça, prisão sem indiciamento dos 11 policiais, coação moral, tortura psicológica e uso indevido de algemas.

O julgamento dos habeas corpus dos militares acontece na próxima quinta-feira, 12.


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