A prisão do jornalista Ingresson Derze e sua mulher, Solani Albuquerque, aconteceu na madrugada deste domingo (1º) quando o casal chegava em casa nas proximidades da Amadeo Barbosa, região do 2º Distrito. O jornalista teria descido do carro para abrir o portão, deixando a mulher dele no veículo. Foi quando o alarme disparou e ele foi desligar. Ao se virar para o carro, percebeu que a esposa estaria sendo puxada à força de dentro do veículo, por um policial militar.
De acordo com o jornalista, ele teria se dirigido ao militar que arrancou sua mulher do carro e perguntou o que estaria acontecendo. “Eu disse que não somos bandidos para sermos tratados desta forma truculenta e o militar me mandou ficar calado. Outro policial teria me dado um mata-leão, me enforcando” contou o jornalista.
O jornalista e a esposa foram algemados e conduzidos à Delegacia de Flagrantes (Defla) da 1ª Regional no bairro Cadeia Velha. Eles permaneceram presos por 4 horas, até a Boletim de Ocorrência da Polícia Militar ser entregue à Polícia Civil. O delegado teria liberado o casal por julgar que não havia nenhum motivo que justificasse a prisão do jornalista e da esposa.
O casal solicitou à Policia Civil o pedido de exame de Corpo de Delito realizado no IML. Nesta segunda-feira (2), Ingresson Derze afirmou que estará ingressando com denúncia na Corregedoria da Polícia Militar contra a guarnição do 2º Batalhão, alegando que ela teria usado de força e truculência para prendê-los, sem que o casal tivesse cometido qualquer delito ou crime.
O jornalista disse, ainda, que impetrará uma ação no Ministério Público Estadual, na Promotoria de Controle Externo da atividade policial.
“Como cidadão e principalmente como profissional da Comunicação, não permitirei que profissionais pagos com os impostos da sociedade, para garantir segurança, usem da farda para agir de forma violenta contra quem é de bem e nunca possuiu ficha criminal. Estou acusando só a guarnição que desvirtuou a atividade policial. Jamais seria irresponsável em generalizar. Mas quem estiver fora da conduta da instituição que seja e será responsabilizado”, declarou Ingresson.