Um pedido de prorrogação estendeu por mais cinco dias a prisão temporária dos 3 advogados acreanos presos durante a Operação Zagan, deflagrada pela Polícia Federal (PF) na última quarta-feira (27). Os juristas são suspeitos de participar de um esquema de falsificação de dinheiro e documentos com o intuito de obter vantagens em instituições financeiras e comércio.
O presidente da Comissão de Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Acre (OAB/AC), André Neri, disse ao G1 que irá viajar para Porto Velho nesta segunda-feira (2), para verificar a situação dos advogados.
“Geralmente a autoridade policial faz o pedido de estender a prisão por necessidade de verificar mais alguma prova ou inquirir os acusados. Os advogados já poderiam ter vindo para Rio Branco, mas não vieram por essas razões. A prisão só teria sentido se eles não tivessem sido ouvidos ainda, mas já foram”, afirma
Os três advogados do Acre presos durante a operação ganharam a concessão de prisão domiciliar na última sexta-feira (29), que está sendo cumprida em Porto Velho/RO.
Entenda o caso – A Operação Zagan foi deflagrada na última quarta-feira (27), pela Polícia Federal (PF). Foram expedidos 35 mandados de prisão entre os estados do Acre, Rondônia, Mato Grosso e São Paulo.
No Acre, 5 pessoas foram presas, entre elas, 3 advogados. As investigações começaram em 2010, quando mais de R$ 3 milhões em cédulas falsas foram apreendidas. Uma das maiores apreensões do Brasil, segundo a PF.
O nome da operação faz referência à mitologia. Zagan é o nome dado a um espírito especialista em fraudes e falsificações, que consegue transformar cobre em ouro, chumbo em prata, sangue em óleo, água em vinho e sábados em tolos. (Veriana Ribeiro, Do G1/AC)