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Rosana nega ameaças a posseiros acampados no Incra

 A presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Rosana Nascimento, negou qualquer tipo de intimidação, ameaça ou coação aos posseiros da invasão Porto Luiz acampados na sede do Incra desde dezembro do ano passado. A sindicalista ainda afirma que os invasores estão sob influência política e de outras centrais sindicais.

 Os posseiros foram expulsos das terras há cerca de cinco meses e passaram a morar as margens da estrada, depois, com o objetivo de sensibilizar as autoridades estaduais e federais para uma solução definitiva para o impasse eles resolveram acampar na sede do órgão, alguns dizem que eles foram levados pela própria Rosana.

“A CUT jamais vai ter essa postura, não levei quem quer que seja para acampar na sede do Incra. Soubemos da chegada deles e desde então estamos, na medida do possível, tentando ajudar. Compreendo que as pessoas que estão nessa situação querem sempre que estejamos lá, mas temos outros assuntos a tratar. Agora eles estão recebendo influência de outras pessoas e política”, confirma a presidente da CUT.

 Testemunhas afirmam que a Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB) chegou a oferecer um advogado aos posseiros para mover uma ação contra a CUT e o Incra. “Isso não é papel de movimento sindical, então há um interesse político, um interesse de centrais sindicais que querem desmoralizar a CUT, me desmoralizar, pois nos estamos com uma ação judicial, inclusive no Ministério Público Federal, pedindo a retomada da posse, não existe nem um interesse da CUT em ameaçar essas pessoas, existe uma influencia sim e outros interesses políticos, já que entramos em um ano eleitoral”, declarou Rosana Nascimento.

 A presidente também afirmou que a CUT auxiliou os posseiros no processo de ocupação das terras e que tem cópia de documentos e Atas em que os próprios posseiros do Porto Luiz construíram com base nos critérios da legislação agrária.

“Temos atas e documentos em que comprovam que a CUT auxiliou na organização da área de ocupação, documentos construídos pelas próprias famílias, foi coisa que eles mesmo construíram e quiseram fazer, com base e nos critérios na regulamentação e legislação da reforma agrária. Nós não vamos nos acovardar, vamos continuar defendendo que terras improdutivas e da União sejam destinadas a reforma agrária, nós somos mediadores para buscar soluções para esses problemas, nós não vamos abandonar a pauta da reforma agrária e nem tão pouco abrir mão daquela área que é da União que deve ser para reforma agrária e para fazer assentamento, o papel da CUT é organizar os trabalhadores, é defender os trabalhadores, e isso a CUT faz”, argumentou.

 A sindicalista finalizou que a CUT vai continuar os trabalhos que vem realizando e que não será denuncias de pessoas que são influenciadas por políticos que fará a CUT deixar de buscar soluções para os problemas de conflitos agrários.

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