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Candidaturas de secretários estaduais dividem opinião de deputados petistas


Com o anúncio do governador Tião Viana (PT) de que pelo menos 4 secretários de Estado serão candidatos em 2014, os deputados que compõem o Partido dos Trabalhadores comentaram as declarações do chefe do Executivo. As opiniões se divergem quanto ao assunto que tem pautado o meio político nos últimos meses.

O deputado Jonas Lima (PT), em conversa informal com os jornalistas na manhã de ontem, 8, no Salão Nobre da Aleac, disse que a candidatura de secretários de Estado dificultará a reeleição dos parlamentares que compõem o PT. O deputado afirmou que não pretende mais disputar uma vaga na Aleac este ano. Entretanto, a sua decisão ainda não é definitiva.

“Vou ter uma reunião com o Taumaturgo daqui a pouco. Trataremos de diversos assuntos e veremos isso. Estou desanimado com o parlamento. Quero é servir a Deus”, disse o deputado evangélico.

Já o deputado Geraldo Pereira confirmou que irá à reeleição e ressaltou não ver problemas com o secretariado que disputará uma vaga na Aleac. Afirmou que é bem-vinda a participação de pessoas que foram importantes na gestão de Tião Viana, sendo que este gesto fortalece o partido.

“Acho correto aproveitar quem teve um ótimo desempenho na gestão e que tem chance de se eleger, para somar com o partido. Isso não interfere na reeleição de ninguém. Eu vou à reeleição”, confirmou.

O deputado Ney Amorim não foi encontrado para falar sobre o assunto. Mas, de acordo com os colunistas políticos, Amorim deve tentar a reeleição, pois tem o apoio da juventude petista. Além disso, Ney Amorim tem se destacado na atuação parlamentar. Exemplo desta atuação é a aprovação da Lei Cartaxo este ano.

Em entrevista À GAZETA, na última segunda-feira, 6, Tião Viana argumentou que sua tese de apoiar secretários de Estado a concorrer vagas no Parlamento é uma tese que vem sendo adotadas por outros estados e com números superiores ao Acre. Ele reforçou que não há como os secretários utilizarem a máquina pública em benefício próprio, tendo em vista a Legislação Eleitoral. Ela obriga os gestores a deixarem o cargo 6 meses antes das eleições e que, desde janeiro deste ano, as regras eleitorais já entraram em vigor para coibir qualquer ação que viole a lei.

Alguns parlamentares de outros partidos também se posicionaram contra durante todo o ano passado. Em seus discursos sempre enfatizaram o privilégio que os secretários de Estado tinham em relação a eles. Uns chegaram a classificar a disputa como ‘desleal’. Outros entendem como uma ‘traição’, pois sempre houve fidelidade da base aos projetos do Executivo. O exemplo disso foi José Luís Tchê (PDT), que não poupava críticas em seus discursos a parte do secretariado de Tião Viana.


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