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Nada a comemorar

Com a vazante do Rio Acre, nos últimos dias, as famílias desabrigadas pela enchente começam a voltar para suas casas, mas não há nada a comemorar. Até porque, a qualquer momento, o rio poderá voltar a subir e elas terão que retornar ao abrigo, com todos os transtornos que isso significa para elas e para o poder público que precisa assisti-las.

Esse problema , que se repete, praticamente, todos os anos durante o período das chuvas, só reforça a necessidade de se direcionar o crescimento e o ordenamento da cidade para áreas mais elevadas, com a construção de conjuntos populares, como se fez no passado, e se está fazendo agora com o projeto Cidade do Povo.

Ao mesmo tempo, o poder público, governo e prefeitura, precisam fazer um mapeamento dessas áreas reconhecidamente alagadiças e impróprias para habitação, impedindo que, ao serem desativadas, sejam novamente ocupadas para evitar que se perpetue uma situação insustentável e que só acarreta prejuízos e sofrimento.

Até porque em se fazendo isso, se estará preservando as encostas do rio, que precisa ser recuperado preservado como único manancial de água da cidade. É óbvio e por isso mesmo precisa ser feito.

Categories: EDITORIAL
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