* Incremento da entrega de gás para geração termoelétrica na região Norte foi um dos fatores que contribuíram para os recordes. Companhia também alcançou recorde anual de aproveitamento do gás associado
(Foto: Divulgação)
A Petrobras bateu novo recorde de entrega de gás natural nacional ao mercado, em 2013, com a média anual de 44 milhões e 500 mil m³/d, 3,2% acima do resultado alcançado em 2012, que foi de 43 milhões e 100 mil m³/d. A estatal também bateu novo recorde mensal, com a média de 47 milhões e 900 mil m³/d, em março de 2013.
O expressivo crescimento da oferta de gás nacional observado nos últimos anos é fruto de uma série de investimentos realizados no desenvolvimento de projetos de produção de gás natural, alavancados pelo Plano de Antecipação da Produção de Gás (Plangas). Desde o início do programa, em 2008, diversos novos campos começaram a produzir, com destaque para os de gás não associado de Canapu e Camarupim, no Espírito Santo, e de Mexilhão, Uruguá e Tambaú, na Bacia de Santos. Ressalte-se também o início das operações da Unidade de Tratamento de Gás de Caraguatatuba e do Gasoduto Caraguatatuba-Taubaté, no estado de São Paulo.
Além do Plangas, outros fatores que contribuíram para os recordes foram o incremento da entrega de gás para geração termoelétrica na região Norte, a elevação da produção do campo de Lula, que produz gás associado no pré-sal da Bacia de Santos, e do Parque das Baleias, no Espírito Santo.
Ainda em 2013, a área de Exploração e Produção da Petrobras alcançou seu recorde anual de aproveitamento de gás, com a utilização de 92,6% do gás associado ao petróleo produzido nas condições de reservatório. Esse recorde é resultado da excelente performance da companhia em 2013, ano em que diversos recordes mensais de utilização de gás foram superados, sendo o último deles em setembro, quando a Petrobras atingiu 94,4% de aproveitamento do gás.
Esses resultados reforçam o êxito do Programa de Otimização do Aproveitamento de Gás Natural (POAG 2015), que tem permitido melhorar o desempenho das Unidades Operacionais das regiões Sul e Sudeste desde 2010, quando o programa teve início.
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NOTAS ECONÔMICAS
Culpa
Não há como responsabilizar apenas uma pessoa ou uma instituição pela falência dos bancos comunitários no Acre. Mas, um fator é obvio e gritante: a omissão (para dizer o mínimo) dos movimentos populares e movimentos comunitários.
Faz tempo, ó
Já vai longe o tempo em que as lideranças comunitárias eram lembradas com algum respeito. E o que piorou foi a qualidade dos líderes mesmo. Porque as reivindicações continuam, na essência, as mesmas.
Partiu de quem?
O poder público deve ser responsabilizado também porque promoveu a criação dos bancos na base da imposição. A sequência foi a seguinte: criou-se um edital em Brasília como forma de combater a miséria e a pobreza; um dos instrumentos para fazer circular dinheiro nas comunidades foi a retomada em escala industrial de abertura de bancos comunitários pelo país.
Tem que ter algum I
Uma ONG do Pará ganhou a licitação e desembarcou com o pacote pronto. Na prática, viu que, no Acre, o fundo do poço tem porão. Em 2011, a meta era abrir 5 bancos no Acre (4 em Rio Branco e 1 em Cruzeiro do Sul). Ocorre que, por mais modesto que seja o volume de dinheiro que circule em um banco comunitário… algum recurso tem que ter.
Tem que ter algum II
Os dirigentes da ONG Instituto Capital Social viram o óbvio: não havia dinheiro circulando. Só conseguiram abrir dois bancos. Sem dinheiro e sem mobilização comunitária eficaz, os bancos comunitários estavam fadados ao insucesso.
Detalhe
Com um detalhe: os dois bancos só abriram porque tiveram modesto apoio da Prefeitura de Rio Branco. O Banco Vitória ainda na gestão de Angelim e o Triângulo já com Marcus Alexandre.
Surreal
A situação é surreal: no Acre, o poder público queria que os bancos comunitários abrissem e tivessem sucesso sem participação comunitária, sem ser exigido pela comunidade e sem dinheiro circulando no bolso dos moradores dos bairros. Tá danado!
Metade do copo
Participação da presidente Dilma Rousseff no Forum Econômico Mundial em Davos não encontrou unanimidade. Dependendo do interlocutor, foi um sucesso ou um fracasso.
Analfabetos
Enquanto a presidente tentava ser agradável com os capitalistas de Davos, a Unesco soltava um dado vergonhoso. Relatório das Nações Unidas coloca o Brasil como o 8º no mundo em número de analfabetos. Falta muito ainda, ó!
Rolezinho
E o “rolezinho” do Via Verde hein?! O “rolezinho” foi um fracasso não pelos problemas que não causou. Mas, pela falta de mobilização. Isso é apenas uma consequência. Reunir pessoas em torno de uma ideia, de uma causa não é empresa fácil.
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ACREANAS
Nem um traque!
Era o ano de 2002. O então governador Jorge Viana vivia um cotidiano recheado de paradoxos. No auge da popularidade, mantinha relações tensas com setores específicos da imprensa. Na esfera política, o Movimento Democrático Acreano era a sua pedra no caminho.
Nesse cenário, o Gabinete do Governador criou uma solenidade chamada “Plenárias Populares”, com o argumento de “ouvir as demandas da comunidade e saber se o povo aceitaria a candidatura de Viana à reeleição”. Claro que ninguém do governo admitia que se falasse que o ato já seria uma campanha antecipada. O TRE, entrincheirado, guardava a cartada fatal para mais tarde.
O fato é que o mote era perfeito: governador jovem, charmoso, gestão com aprovação popular e viagem nos 22 municípios garantida para “conversar com as pessoas”. Era a época do “não administrar, mas cuidar do Acre”. Leitor de jornal, que é bicho de boa memória, lembra bem da época. O município do dia era Porto Walter, o segundo da região do Juruá naquele fim de semana.
O governador Jorge Viana sempre foi homem que valorizou os eventos públicos. Qualquer que fosse e onde fosse. Tudo tinha que sair como planejado, funcionar bem, por mais simples que fosse. E isso exigia muito da equipe do gabinete.
Três aviões acompanhavam a comitiva: um com o governador e assessores mais próximos; outro com assessores políticos e parlamentares e a terceira aeronave com jornalistas e assessores de imprensa.
Logo cedo, o grupo partiu de Cruzeiro do Sul onde pernoitou. O prefeito de Porto Walter na ocasião era Neuzari Pinheiro, um dos raros aliados no Juruá de então. Havia tensão no ar devido à polarização criada pelo MDA em uma região com hegemonia dos partidos de oposição a Jorge Viana: houve uma época recente que o Acre estava dividido.
A primeira aeronave surge nos céus de Porto Walter. Era o governador chegando. Comunidade mobilizada desde o dia anterior. O único ginásio da cidade cheio de gente dos mais distantes rios. Era um dia de festa. Todos queriam “ver o gunverno”. O primeiro avião pousa.
Nesse momento, um eufórico Neuzari não contou conversa. Ordenou a um assessor já a postos. “Solta os fogos, menino!” Parecia que Porto Walter ia explodir. Poh! Poh! Poh! Poh! Poh! Foram centenas de fogos de artifício. Pela fumaça, seria possível dizer, sem exagero, que chegou à casa do milhar.
Para uma cidadezinha daquelas, aquele ambiente era emoção pura. Poh! Poh! Poh! Poh! Poh! A aeronave estaciona na pista. O primeiro a sair foi o assessor político Carlos Alberto Araújo. Mais conhecido como “Cacá, o Príncipe”. Bolsa a tiracolo, o elegante chapéu Panamá sempre companheiro. Ao pisar na pista, o Príncipe apressou-se ao encontro do prefeito.
“Neuzari, cabra véi! Pelo amor de Deus, homi. Não era para soltar esses fogos agora, não! O avião com o Jorge tá vindo aí atrás”. Nesse momento, o céu de Porto Walter era só fumaça.
Os fogos de artifício foram tantos que, para o avião do governador pousar, foi preciso ficar fazendo voltas em torno da cidade, esperando a fumaça dispersar. Jorge Viana esperou, no ar, cerca de dez minutos.
“Ah! Cacá! Agora lascou-se tudo! Não tem mais nem um traque”, avisou o prefeito, já abrindo a segunda carteira de cigarro do dia. “Não tem como comprar, não, em algum lugar por aqui?”, desesperou-se o Príncipe.
Cacá viu o ridículo da pergunta diante da situação e do lugar. Agora, não tinha mais jeito. Era relaxar. A emoção dos fogos foi destinada para a pessoa errada. Naquele dia, Jorge Viana ficou quase toda a solenidade com a boca arqueada para baixo, cacoete típico quando está raivoso. Cacá ria. Era o que o Príncipe tinha a fazer naquele dia.
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Omissão dos movimentos populares leva bancos comunitários à falência no Acre
ITAAN ARRUDA
Os dois bancos comunitários do Acre faliram. O Banco Vitória, inaugurado em setembro de 2011 com a moeda social Arco-Íris, nem chegou a formar lastro. O Banco Triângulo, inaugurado em fevereiro do ano passado com a pretensão de usar a moeda social Apuí, nem chegou a operar.
“Só houve a inauguração mesmo”, lamenta Eline Melo, coordenadora do Banco Triângulo. “Nós íamos funcionar onde hoje está o Centro de Atendimento ao Cidadão, mas, até hoje, a prefeitura não mudou o local”. Provisoriamente, o banco funcionaria no Mercado do Quinze.
Mas, o local onde funcionaria a sede é um problema menor. Os dois voluntários que se dispuseram a trabalhar com a coordenadora já não estão disponíveis. “Eles tiveram que arranjar outro trabalho”, lembra Melo. “Tiveram que se virar”.
Eline Melo está desempregada desde novembro. Sem renda fixa, a manutenção das despesas da família fica comprometida. “Querem abrir um banco comunitário para eu ficar lá sem ganhar nada?”, pergunta.
Melo não aceita a estratégia montada pela Prefeitura de Rio Branco de fortalecer os bancos comunitários sem aproveitar o investimento que já foi feito. “Eu fiz cursos sobre o assunto e não há lógica colocar outra pessoa lá, sem nenhum vínculo com a comunidade”, diz.
A Prefeitura de Rio Branco, por meio da Secretaria Nacional de Economia Solidária, integra dois convênios para tentar consolidar os bancos comunitários. A nova tentativa será feita em março quando técnicos do Instituto Capital Social chegam ao Acre.
O instituto é, de fato, uma ONG com sede em Belém. Atua na formatação de planejamentos estratégicos regionais e no desenvolvimento econômico, utilizando o conceito de Economia Solidária. Já realizou convênios com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) por meio da Secretaria Nacional de Economia Solidária.
“Os bancos agora vão inaugurar com incentivo financeiro da Caixa Econômica Federal”, pontua um dos coordenadores do Instituto Capital Social, Marivaldo Vale. Ele é um dos diretores do Banco Comunitário Tupinambá, do Pará.
“O banco comunitário Triângulo nós deixamos pronto para inaugurar, mas, no entanto, acho que a comunidade ficou com medo”, especulou o coordenador. Sobre o Banco Vitória, Vale credita o fracasso ao assalto sofrido pelo banco em novembro de 2012. “O assalto ao banco foi pesado. Depois disso, eles não conseguiram se reerguer”.
A Coordenadoria Municipal do Trabalho e Economia Solidária, instância da Prefeitura de Rio Branco diretamente vinculada às ações junto aos bancos comunitários, se nega a admitir que os bancos faliram. “Não é que os bancos deram errado”, avalia a responsável pela Coordenadoria, Edna Paro. “Eles não faliram. O problema é que os bancos comunitários vivem de projetos desenvolvidos pela Secretaria Nacional de Economia Solidária e quando terminou a vigência do projeto a pessoa que estava a frente da Comtes não previu logo outra licitação que garantisse a parceria Prefeitura/Senaes”.
A admissão da falha por parte da Comtes expõe a concepção de que os bancos comunitários “vivem de projetos” elaborados em instâncias de governo. “O processo licitatório está concluído, mas ainda não está homologado”, explica Paro.
A promessa de que “a partir de março” serão retomadas as discussões sobre bancos comunitários na agenda do poder público não resolve o problema. A equipe do Instituto Capital Social tinha a meta de criar cinco bancos comunitários no Acre em 2011. Quatro em Rio Branco e um em Cruzeiro do Sul.
O problema é que não há circulação de dinheiro nos bairros das periferias de Rio Branco. A circulação de moeda é mínima. O resultado desse cenário não podia ser outro. Criou-se dois bancos sem a devida participação popular em Rio Branco. Desinformada e sem dinheiro, a comunidade naturalmente não adotou as duas instituições.
“Não deu tempo para formar o lastro”, recorda o atual presidente da Associação de Moradores do Vitória e ex-coordenador do Banco Vitória, Cosmo Cunha. “Agora, com esse novo convênio, vão ter três pessoas para trabalhar e vão dar até motocicleta para o banco”.
No programa Rio Branco Sem Miséria, dois convênios com a Secretaria Nacional de Economia Solidária disponibilizam duas motos para os bancos e possibilidade de contratação de cinco agentes comunitários para auxiliar nos trabalhos.
“Nós vamos reativar os bancos do Triângulo e do Vitória”, promete Márcia Sílvia de Lima. “Enquanto eles não se envolverem e não tiverem compromisso com o próprio banco, eles só vão entender que aquele banco só serve para pagar conta de luz e água e não é isso, O banco serve para fortalecer a economia do lugar, do bairro”.
A prefeitura admite que a retomada do debate só será feita por causa dos convênios assinados com a Secretaria Nacional de Economia Solidária. Não fosse isso, os bancos teriam fechado. E, o que é pior, a comunidade não teria sentido a ausência.
No organograma da Prefeitura de Rio Branco, os bancos comunitários não estão vinculados às secretarias de produção. A Comtes está diretamente ligada à Secretaria Municipal de Assistência Social.
A reportagem do Acre Economia fez contato com o secretário de Articulação Comunitária, Manoel Lima, para falar sobre a responsabilidade da secretaria na falência dos bancos comunitários. Até o fim desta edição, o secretário não retornou o telefonema com as informações. (Foto: Marcos Vicentti)
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Pedagogia Política
Sociólogo Nilson Euclides da Silva analisa o fracasso das propostas dos bancos comunitários no Acre. Para o pesquisador da Ufac, antes de se pensar em inclusão econômica, é preciso que o poder público contribua com a inclusão política das comunidades.
“Os bancos comunitários partiram de uma iniciativa da comunidade? Eles foram uma exigência do Movimento Popular?”, pergunta o sociólogo. Euclides defende a lógica de que antes de o poder público forjar a circulação de riqueza nos bairros é preciso, paralelo aos incentivos concretos de fortalecimento das cadeia produtivas comunitárias, trabalhar pela participação. Aqui, alguns trechos da entrevista.
Você acredita na proposta dos bancos comunitários?
Acredito. Acho que a Economia Solidária e tudo o que vem agregado a ela é algo positivo para a democracia. Sobretudo no que se refere à inclusão. Não só inclusão econômica, mas, principalmente, via participação política.
Como assim?
Esse cidadão que pertence às categorias mais populares da sociedade têm nesses instrumentos que são os bancos populares, ações de economia solidária, pequenas cooperativas… uma oportunidade de, gradativamente, se inserindo, se integrando não apenas na sua própria comunidade, mas em uma estrutura econômica produtiva. O problema, no Brasil, é que, em todos os governos, sem exceção, as decisões são definidas de cima para baixo.
Que relação isso tem com os bancos comunitários?
Eu te pergunto: os bancos comunitários partiram de uma iniciativa da comunidade? Eles foram uma exigência do Movimento Popular?
Com certeza, não sei.
O Bolsa-Famíllia, por exemplo, lá no projeto tem: ‘políticas complementares’. Lá diz: ‘qualificação profissional’. ‘Economia solidária’ etc etc. Só que aquilo nunca saiu do papel. O governo decide, faz um grande edital, contrata empresa que tem experiência, tem know how para implantar banco comunitário no Brasil inteiro. Na região Norte, inclusive. Só que se esqueceram de combinar com o povo. Como é que se pode admitir que haja um banco comunitário que os comerciantes não sabem efetivamente da existência dele? Como se pode admitir que o comerciante do bairro não acredite na proposta de um instrumento que fortalece a circulação de riqueza no bairro e aumenta a possibilidade de consumo no estabelecimento dele?
O que é preciso fazer?
Antes de pensar na Economia Solidária é preciso entender que você precisa ter um espírito comunitário. E aí, entra aquilo que falávamos sobre Democracia. E aí, os partidos e governos, nos três níveis, erram. Você tem uma proposta para uma comunidade que não está preparada para receber um projeto desses. E outra coisa: isso não é algo que se faça em dois ou três meses.
A tarefa inicial seria…
Primeiro. A tarefa inicial tem que ser pedagógica. Antes de ser uma inclusão pela economia, ela tem que ser uma inclusão política. Essas comunidades da periferia precisam passar, primeiramente, por uma inclusão política. Os partidos não podem lembrar desse povo apenas em época de eleição. Você tem eleição de dois em dois anos. Fora isso, você tem ausência total das instituições representativas. E isso vale para sindicatos, associações, partidos.
Quando você fala em ‘ausência total’, você não quer dizer ausência de obras ou da ausência física das lideranças políticas nos bairros…
Não. Obra física é muito fácil. O prefeito caminhar no bairro para ser visto é muito fácil. A obra política é que é difícil. Por que ela é difícil? Porque ela só tem reflexos no médio e no longo prazos. E ninguém quer investir nisso. Você precisa desenvolver o espírito participativo nessas comunidades dentro dela mesma. A periferia precisa se reconhecer como periferia: precisa identificar quais são as suas qualidades e quais são os seus defeitos. Criar ela mesma espaços de discussão.
Como seriam esses espaços?
O Bolsa Família retirou uma camada muito grande de uma situação de miséria, de pobreza extrema. Elas foram alçadas a uma situação de sobrevivência. Qual é o segundo passo? Incluí-las politicamente, criando espaços de decisão. E esses espaços de decisão não é simplesmente o voto. Há que se fortalecer as associações de bairro e acabar com essa maldita cooptação das lideranças comunitárias que os partidos fazem. Isso é um câncer!
Os partidos não podem estar na comunidade?
Eu não estou dizendo isso. Não estou dizendo que os partidos não tenham que estar na comunidade. Mas, isso tem que ser feito de maneira responsável. É preciso fortalecer as associações de bairro. É preciso criar ambiente na comunidade que a leve a sentir necessidade de discutir s seus problemas.
O que se fazia no Orçamento Participativo…
O Orçamento Participativo… o que foi feito dele? Ninguém nem fala mais sobre isso. Não se tem mais nem informação sobre isso. O Orçamento Participativo era um instrumento importante e o que foi feito dele? Aí eu faço uma crítica direta ao Partido dos Trabalhadores: todas as bandeiras que eram caras ao partido foram abandonadas, em prol de um projeto maior de poder, em todas as esferas. Todo esse conjunto de ações… toda essa Pedagogia Política que o PT tinha, que era construir o processo de politização, se perdeu.
Há muito de retórica na fala do ex-presidente Lula de que as pessoas precisam ser “convencidas politicamente” de que determinada obra é importante. Mas, por exemplo, os bancos comunitários, da maneira como foram implantados aqui, não atendem ao que pediu o ex-presidente.
Não atendem. De forma nenhuma. Vejamos. Nós estamos falando de um município pobre, que tem pouquíssimas alternativas econômicas. Nós já vimos que cortar seringa não é o nosso forte. A história já provou que nós somos péssimos para fazer isso. Nós somos bons em quê? Qual a vocação econômica do Acre? O banco comunitário seria parte de uma segunda ou terceira etapa dentro de um processo produtivo.
Nessa lógica, o banco comunitário é um produto refinado…
Ele exige o mínimo de atividade econômica. E política também. Na formação dos grupos políticos e partidos no Brasil, há sempre a presença de uma elite política que organiza, pensa e monta. O povo fica sempre à margem. O PT perdeu o lastro social com as categorias de base.
As responsabilidades do poder público já foram analisadas por você. Mas, qual a responsabilidade do movimento popular no fracasso da proposta dos bancos comunitários?
Existe responsabilidade deles na medida em que aceitaram o jogo. Eles poderiam ter negado e exigido a solução para outras prioridades. Poderiam ter exigido o fomento e estímulo a atividades econômicas antes de se pensar em banco. Como se sustenta um banco se não há economia viva, não há atividade econômica? Mas, o movimento comunitário está tão fragmentado, tão enfraquecido, que é compreensível essa situação. O movimento se deixou levar pela sedução dos governos. Parece que os governos começam muito democráticos e vai-se criando um medo do povo, de ouvir o que povo tem pra dizer.
Talvez não seja medo. Mas, os gestores percebem na prática que o tempo da comunidade é muito distinto do calendário eleitoral.
Aí é que está a grande diferença. Você precisa pensar a democracia como valor e como conceito que não é uma coisa que se resolve de quatro em quatro anos. Eu compreendo o jogo político. Mas, essa é a diferença do candidato que pensa na próxima eleição e do estadista que pensa a próxima geração.
(Foto: Cedida)
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ICMS cresce 3,31% em 2013 comparado a 2012
ITAAN ARRUDA
(Foto: Cedida)
A arrecadação de ICMS teve um aumento residual ano passado em comparação com 2012. De acordo com a Secretaria de Estado de Fazenda, o crescimento foi de 3,31%. Os números consolidados não discriminam a performance de cada segmento.
O fato é que a verificação da ICMS é um indicativo de como estão as temperaturas na economia local. Não é um indicativo confiável plenamente, mas normalmente, é um bom termômetro de análise, sobretudo no que se refere ao comércio varejista.
Arrecadação alta pode indicar também melhor eficácia na forma de fiscalização. Mas, não é o que ocorre no Acre, uma vez que não houve mudança na forma de faturamento. O mês de abril de 2013 acompanhou a tendência de ser o mês com melhor arrecadação.
A reposição de estoques do Natal e a preparação do varejo para a venda do dia das Mães sempre tem efeito positivo para a Sefaz. Outro fator causal de ser abril um mês de maior arrecadação é a preparação das indústrias da construção civil para a retomada de obras de infraestrutura.
Uma das maiores surpresas foi o aumento da arrecadação de janeiro de 2013 comparado ao mesmo período de 2012. Foi um aumento de 40,24% em um mês tradicionalmente de comércio desaquecido.
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FITTA abre unidade na Capital e amplia atuação no Norte
A FITTA Turismo, pioneira em franchising de agências de turismo com foco no varejo de câmbio no país, amplia atuação nas principais cidades brasileiras. Desta vez, a empresa inaugura a primeira loja em Rio Branco e reforça presença na região Norte, que passa a contar com 11 lojas.
“O aumento de viagens ao exterior não é restrito apenas aos moradores das regiões Sudeste e Sul, o que justifica a abertura de mais uma loja no Norte do país, desta vez contemplando o Acre”, diz Luiz Ramos, diretor comercial da FITTA Turismo. Além disso, o executivo afirma que a expansão contribui efetivamente para a formalização das operações legais de câmbio no Brasil.
Um dos sucessos de vendas da rede é o FITTA Cash Passport Multi Moeda, único cartão MasterCard pré-pago que pode ser carregado em até seis moedas diferentes: dólar americano, canadense, australiano, neozelandês, libra esterlina e euro. O cartão possui a mesma aceitação do cartão de crédito, com a vantagem de o cliente pagar a cotação da moeda estrangeira do dia em que o carrega, evitando o aumento no valor da fatura por conta de oscilações no câmbio.
A recarga do cartão ainda pode ser feita por meio do e-commerce da empresa, o Fitta Câmbio. Entre as outras vantagens do Fitta Cash Passport estão isenção de anuidade, fica pronto na hora, permite o controle dos gastos via internet, consulta de extrato via e-commerce e de saldo por SMS e Facebook, além de oferecer benefícios no Programa MasterCard Surpreenda.
A FITTA Turismo também oferece mais de dez tipos de moedas estrangeiras, remessas internacionais por meio da Western Union – que possui cerca de 510 mil pontos de atendimento em 200 países e territórios – e outros produtos destinados ao turista, como Assistência ao Viajante, que oferece cobertura de Assistência Médica Internacional em mais de 150 países, e seguro de vida para morte acidental ou invalidez permanente.
A empresa prima pela ética nos procedimentos e pela legalidade do mercado, com base em princípios de modernidade e inovação – que excluem operações conhecidas pelo mercado como câmbio paralelo ou black. A FITTA Turismo é a maior revendedora de cartões pré-pagos MasterCard no Brasil e a segunda maior no mundo.
Sobre a FITTA Turismo
A FITTA Turismo é pioneira em franchising de unidades de varejo de turismo com foco em câmbio no Brasil. Apenas cinco anos após sua fundação, a empresa se consagrou como a maior revendedora de cartões pré-pagos MasterCard no Brasil e a segunda maior no mundo. Em 2012, a Fitta Turismo inovou o cenário de câmbio no Brasil ao lançar o primeiro e-commerce de cartões pré-pagos totalmente automatizados ao agregar benefícios aos seus consumidores por meio da parceria com a rede de fidelidade Multiplus, a primeira nesse segmento. A empresa é associada à Associação Brasileira de Franchising (ABF).
Unidade FITTA Rio Branco
Endereço: Rua Rio de Janeiro, 24 – Dom Giocondo
Telefone: (68) 3224-4321
E-mail: riobranco@ fittacambio.com
Horário de funcionamento: Segunda a Sexta: 9h00 às 18h00. Sábado: 9h00 às 12h00
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(Foto: Divulgação)