Já em estilo de festa e confraternização, os adolescentes dos Centros Socioeducativos Aquiry e Mocinha Magalhães, unidade feminina de Rio Branco, participaram do Carnaval cultural e pedagógico 2014. Para entender a origem e o significado das marchinhas, do frevo, do samba-enredo e demais estilos musicais dessa época, os socioeducandos participaram de aulas educativas, encerrando a programação com uma atividade simbólica em alusão à data.
O socioeducando João Ricardo (nome fictício), 17, confessa não gostar muito da folia. No entanto, ele afirma que não poderia perder a chance de comemorar o Carnaval na unidade. “Nesse período, lá fora, tem muita briga. Aqui todos são amigos e não há perigo. Isso sim é diversão”, aponta.
De acordo com a coordenadora pedagógica da Unidade Aquiry, Lúcia Oliveira, durante uma semana os adolescentes estudaram o Carnaval, que faz parte da cultura popular brasileira e o seu ritmo em cada região. “No Acre, há uma mistura de todos os estilos. E para que a agenda fosse possível, todos os professores se mostraram participativos, brincando e interagindo com eles”, destaca.
O Carnaval socioeducativo está sendo realizado desde a última quinta-feira, 27, e se estenderá até esta sexta, 28. Aproximadamente 110 adolescentes estão inseridos na programação, que destaca a escolha do rei e da rainha no evento. Nos períodos da manhã e da tarde, as equipes pedagógica, de segurança, técnica e administrativa se reversam para que todos os alojamentos do Aquiry possam participar da brincadeira.
Segundo a coordenadora pedagógica Zenaide Menezes, do Centro Socioeducativo Mocinha Magalhães, foi preciso muito planejamento para unir os públicos feminino e masculino. “No fim, está dando tudo muito certo. É o momento que elas mais gostam devido à paquera. Para trazê-las até a unidade Aquiry, utilizamos como critério o comportamento delas”, explica.
Para o presidente do Instituto Socioeducativo (ISE), Henrique Corinto, a cultura é um dos pilares do sistema, que pode ajudar no resgate dos bons valores de cada adolescente. “Com os ensinamentos dos professores, eles aprendem que Carnaval não é apenas folia. O contexto histórico adquirido aqui só lhes acrescentará conhecimento”, declara.