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Dois aviões da FAB farão regularmente o transporte de produtos para o Acre

 O governador Tião Viana e empresários de todos os setores de abastecimento do Estado anunciaram medidas para garantir que não faltarão alimentos, produtos e materiais variados no Acre, devido à enchente do Rio Madeira. O anúncio foi feito durante coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira, 28.  A novidade é a disponibilização de dois aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) para realizar quatro vôos diários entre Porto Velho/RO e Rio Branco/AC.

 De acordo com Tião Viana, 300 toneladas de alimentos perecíveis estão retidas em Porto Velho. Isso porque as transportadoras e seguradoras estão orientando os caminhoneiros a não atravessarem a BR-364, nas condições de trafegabilidade atuais. “Isso cria um impasse em Rondônia, mas os produtos estão ali. Por isso, a Força Aérea está sendo tão essencial. Fizemos os últimos entendimentos com a Casa Civil da Presidência da República e logo as aeronaves estarão completamente disponíveis para começar os vôos regulares com as cargas”.
Antes, havia um impasse. O transporte realizado pela FAB não poderia ser ofertado gratuitamente às empresas privadas. A saída encontrada pela Advocacia-Geral da União foi estabelecer um desconto para a população nas compras de produtos transportados entre Porto Velho e Rio Branco pela Força Aérea.

 Outra preocupação já superada, segundo o governador, era a questão do combustível. O produto está chegando aos municípios por meio de Cruzeiro do Sul.
No entanto, a maior atenção é para não deixar faltar os alimentos perecíveis e não perecíveis na mesa dos acreanos, declarou o presidente da Associação Acreana de Supermercados, Luiz Deliberato. “Nossa tensão seria para o abastecimento não só da Capital, mas também para as empresas supermercadistas do Vale do Acre e do Juruá. Queremos abastecer o Estado como um todo. A situação é preocupante, mas não alarmante”.

 O governador garantiu cestas básicas para os próximos 20 dias. A orientação é para que a população não faça estoque de produtos em casa, pois isso sim poderia causar o desabastecimento nas prateleiras dos supermercados.

 Além disso, os órgãos fiscalizadores estão sendo acionados e o consulado peruano está se envolvendo para trazer cimento e alguns produtos hortifrutigranjeiros e de cesta básica do país vizinho.

 Até o momento, não há indícios de que o Rio Madeira, que na tarde desta sexta-feira marcava 16,62 metros, apresente vazante nos próximos dias. Por isso, o governador pede que a população fique tranquila. Ele ressaltou que todas as medidas estão sendo tomadas para se antecipar à crise. “O Governo Federal tem dado todo o apoio o para o Acre”, destacou.
O presidente da Associação Comercial e Industrial do Acre (Acisa), Jurilande Aragão, rebateu a notícia de que faltará cerveja em Rio Branco. “Acontece que, com estes boatos, há pessoas fazendo estoque de bebidas em casa. Se continuar assim, é claro que vai faltar”, observou.

 Os empresários afirmaram que estão assumindo custos pesados, mas alegam não estarem repassando para o preço final. “Em algum momento, a população vai encontrar dificuldade para encontrar o produto que está mais acostumada a consumir”, admitiu Jurilande.

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