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Governo e prefeitura anunciam cancelamento do Carnaval na Arena

O governador Tião Viana e prefeito Marcus Alexandre reuniram suas equipes de gestão de artes e cultura para anunciar, em coletiva de imprensa, o cancelamento do Carnaval do Arena da Floresta, deste ano, devido às enchentes dos rios Acre e Madeira – a primeira por atingir diretamente a população da Capital e a segunda por afetar o Acre.

“Se fevereiro chover muito, de fato, teremos uma situação agravada. Porto Velho cancelou o carnaval em função da cheia do rio e da alagação. A medida mais prudente que tomamos – mesmo agradecendo a liga das quadrilhas, que iria assumir e fazer um esforço gigante – é cancelar o Carnaval no Arena da Floresta”, afirmou o governador.

Contudo, Tião Viana e Marcus Alexandre asseguram que o carnaval nos bairros, organizado pela Prefeitura de Rio Branco, está preservado. “Isso assegura um período de manifestação cultural popular, de alegria, do povo do Acre, no seu direito ao Carnaval”, declarou o governador.

Marcus Alexandre ressaltou que todo aparato do governo e da prefeitura estão disponibilizados para auxiliar as famílias que estão sendo afetadas pela enchente do Rio Acre e cuidar das áreas de risco. “Estamos com monitoramento permanente em alguns bairros e, diante disso, não teríamos condições de fazer uma grande festa como o governador observou. Acho a decisão muito acertada”, enfatiza o prefeito.

Carnaval fora de época na Capital
Em contrapartida, o governador Tião Viana acrescentou que, por entender que a festa gera economia para a comunidade, além de ser uma atividade cultural, juntamente com a prefeitura, fará um Carnaval fora de época.

“Faremos essa festa no mês de maio. Aproveitaremos os dias 1, 2, 3 e 4 para promover o Carnaval fora de época, com o objetivo de compensar esse significado cultural e econômico, social e de alegria, do qual o povo tem direito também”, completou.

Segundo dados repassados por Tião Viana na coletiva, em janeiro foi registrado 39% a mais de chuvas – se comparado ao mesmo período de 2013 – e em dezembro choveu 59% a mais do que a média histórica dos últimos 50 anos.

“Estamos vivendo um impasse climático no Acre. Uma situação de alagação que pode, pela previsão de chuvas, ficar ainda mais grave daqui a uma semana. Esperamos que não, mas pode ocorrer isso porque tivemos menos de 60% das chuvas previstas para o mês de fevereiro até hoje”, explicou o governador. (Nayanne Santana/Foto: Sergio Vale)

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