Ícone do site Jornal A Gazeta do Acre

Policiais federais de terno e gravata protestam por melhorias

 Desafiando o forte calor terça-feira, 11, policiais federais no Acre vestidos de ternos protestaram por melhorias para a categoria. A ação fez parte de um chamado nacional para que as polícias do país consigam o reconhecimento da profissão. E no dia do enfermo a categoria afirma que a Polícia Federal está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

 O presidente do Sindicato de Policiais Federais do Acre (Sinpofac), Franklin Albuquerque explica que a luta pelas melhorias se arrasta há sete anos, e que não há leis que definam as atribuições dos policiais, o que desampara a categoria.

“Nós queremos uma lei orgânica, um plano de carreira para a Polícia Federal, que hoje trabalha sem ter uma lei que defina suas atribuições, todas as polícias civis tem uma lei orgânica e nós não temos. Isso mostra o descaso e a falta de comprometimento que o governo tem com a PF”, reclama Franklin Albuquerque.

 Sobre traje especial dos agentes, o presidente explica que foi uma forma de pressionar a aprovação da PEC 73/2013, conhecida como PEC do FBI, de autoria do senador Aníbal Diniz (PT-AC).

“A PEC altera a Constituição e torna a carreira policial federal uma carreira única, acabando com a divisão de carreiras e dá chance para os atuais ocupantes de cargos inferiores da PF chegarem a posições mais graduadas, hoje reservadas aos delegados. Hoje a classe política está a favor da causa da PF”, explica o presidente do Sinpofac.
O apelido do projeto remete ao Federal Bureau of Investigation (FBI), equivalente americano da PF que, segundo os defensores da PEC, teria uma estrutura parecida com a que eles querem implantar no Brasil.

 Sobre o avanço nas negociações, o presidente afirma que está tudo parado devido a intransigência do governo federal. Durante a paralisação, apenas 30% do efetivo esteve nos postos de serviço.

“O setor mais atingido será o de investigações, entretanto os serviços de urgência e emergência estarão funcionando para não afetar a sociedade. Mas as investigações em si param, o que vai prejudicar no andamento dos trabalhos”, destaca Franklin.

 Nos dias 25 e 26, Franklin anuncia que haverá uma nova paralisação desta vez de 48 horas.

Fotos/Odair Leal

pfterno

pfterno1

pfterno3

 

Sair da versão mobile