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Rio Acre atinge 15,22m e já mobiliza ações emergenciais das defesas civis

O nível do Rio Acre continua subindo em Rio Branco e sem previsão de vazante. Na última medição, feita às 18h de ontem, o rio havia atingido a marca dos 15,22m. A Prefeitura de Rio Branco, o Exército Brasileiro, as defesas civis do Estado e do município entraram pela noite atendendo as famílias atingidas pelas águas. Os bairros mais atingidos são Taquari e Baixada do Habitasa.

De acordo com a Defesa Civil, a previsão para o Acre é de mais chuvas, principalmente nas cabeceiras do rio, fato negativo porque a água deve ser represada no manancial. No Parque de Exposições, onde foi disponibilizado o abrigo, cerca de 257 famílias dividem espaço, totalizando 1.012 pessoas.

A prefeitura reforçou ainda que todas as equipes estão mobilizadas para atender as famílias atingidas pela cheia. Mais 100 boxes foram construídos em frente aos que já estão sendo utilizados. A medida foi tomada para o caso de ser preciso remover mais famílias e em grande quantidade.

Os boxes são individuais e há fornecimento de três refeições diárias, atendimento em saúde, assistência social, atividades de esporte e lazer, além da garantia de fraudas, leite e massa para mingau para as crianças.

Outros bairros afetados pelas águas são: Seis de Agosto, Baixada da Cadeia Velha, Triângulo Novo, Adalberto Aragão, Cadeia Velha e Airton Sena.

A Defesa Civil de Rio Branco monitora o nível do Rio Acre a cada três horas, cuja preocupação maior está com a cheia em Assis Brasil e também em Brasiléia, além do Riozinho do Rola, um dos principais afluentes e que tem contribuído para aumentar o nível do Rio Acre em Rio Branco.

Cheia histórica do Rio Madeira atinge nível 2
A cheia do Rio Madeira alcançou nível de gravidade 2, o último estágio antes de uma possível calamidade pública, noticiam os jornais de Rondônia. De acordo com as últimas informações da Sala de Gerenciamento de Crise, 1.336 famílias estão fora de casa em Porto Velho e em 14 distritos da capital, sendo 958 desalojadas e 378 desabrigadas. A aferição da cota do rio, nesta quinta-feira, registrou 17,93 metros, uma elevação de 43 centímetros desde o último sábado (15).

Cem por cento das casas na cidade de Guajará Mirim, fronteira com a Bolívia, estão afetadas, totalizando 70 mil habitantes atingidos. A cidade, distante 300 quilômetros da capital, continua isolada em razão do transbordamento do Rio Araras, onde a travessia era possível a partir de uma ponte histórica que tem 30 anos e está submersa.

A chefe da Casa Civil, Márcia Regina Pereira, destacou que até o momento o Acre não sofre com o risco de desabastecimento.

Interdição da BR-364
Por questões de segurança, a Polícia Rodoviária Federal interditará a BR-364 todas as noites até que o Rio Madeira apresente sinal de vazante. Com a medida, o Acre ficará isolado do restante do país cerca de 12 horas a cada dia. O tráfego pelo local somente será liberado, a partir das 6 horas da manhã, todos os dias enquanto permanecer o nível atual das águas.

A passagem de caminhões está sendo monitorada. Veículos pequenos não passam mais. Para evitar acidentes, era permitida a passagem de um caminhão por vez na área alagada, o que deixa o trânsito muito lento. Mas, o aviso continua: se o rio subir mais um pouco, a estrada será interditada, explicou o Inspetor Henzio Albuquerque da Polícia Rodoviária Federal.

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