Debaixo de muitos protestos de servidores da Polícia Civil do Acre, a chefe da Casa Civil em exercício, procuradora Nazareth Araújo, fez a leitura da Mensagem Governamental, ontem, na Aleac. Por quase 2 horas e sob vaias, ela falou dos avanços que o Estado obteve nos últimos 16 anos de Frente Popular e durante os 3 anos de Tião Viana.
De acordo com o texto, o governo de Tião Viana investiu R$ 2, 19 bilhões, sendo que grande parte dos recursos foram obtidos por meio de financiamentos “respeitando os limites estabelecidos por resolução do Senado Federal”.
Sobre endividamento, em 2013 o Estado tinha limite superior a R$ 7,40 bilhões, mas, deste montante, utilizou apenas R$ 2,53 bilhões. Ou seja, o Estado tem uma margem largar de capacidade de endividamento.
“Somente 34,25% do permitido, demonstrando o grande senso de responsabilidade fiscal que o governo tem perseguido”, disse Nazareth Araújo em sua leitura.
Para 2014, o Orçamento aprovado pela Aleac é superior a R$ 5 bilhões. Fazendo-se um comparativo com 2013, o Orçamento teve um incremento de 4%. Com relação a 2010, o orçamento mais que dobrou, 48%. E, se comparado a 1999, na primeira gestão da Frente Popular, o aumento foi de 895%.
“O grande desafio do governo foi estabelecer um novo padrão, um novo patamar de desenvolvimento econômico. Crescimento de riqueza em escala, com alta produtividade, rentabilidade e diversificação”, resumiu a procuradora-chefe.
Nazareth Lambert interrompeu a leitura governamental frente às vaias realizadas pelos manifestantes na Galeria Marina Silva, que a todo instante gritavam em coro: “Tião Viana, cadê você?”. O som da galeria foi interrompido e a leitura prosseguiu apenas para os que estavam presentes no plenário.
O governador Tião Viana cumpre agenda em Brasília e na solenidade foi representado pelo deputado Élson Santiago (PEN)
O deputado Moisés Diniz (PC do B), que presidia a sessão tentou acalmar os ânimos, mas foi voto vencido. O parlamentar explicou que a sessão era solene, mas que hoje, 05, receberiam os representantes do movimento.
Depois da fala de Moisés, os manifestantes entoaram o refrão: “Moisés Telexfree, quero ver vestir essa casa”, cantavam fazendo menção a blusa utilizada pelo manifesto.
Foto/Odair Leal
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