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Balsa com três milhões de litros de combustível chega a Porto Acre e garantirá o consumo do produto nos próximos 12 dias

Após a chegada de uma balsa carregada com 600 mil litros de combustível, na tarde de terça-feira, 25, uma balsa maior com três milhões de litros atracou no porto de Porto Acre na manhã desta quarta, 26. De acordo com o coordenador da Defesa Civil do Estado, coronel Carlos Gundim, só ontem já foram distribuídos mais de 235 mil litros de combustível para os postos da BR e Ipiranga. A previsão é de que mais 60 mil sejam entregues ainda hoje. Com a chegada de mais combustível, a distribuição nos postos continua e garante o consumo de combustível normalizado para os próximos 12 dias.

Segundo o gerente Regional de Operações Norte da Petrobras, Ênio da Silva, as balsas carregadas de combustível têm origem de Manaus, com destino final em Porto Acre, depois os caminhões já abastecidos seguem pela rodovia até a capital acreana e demais municípios para abastecer os postos. Esta não é uma operação de rotina, foi feita para atender essa contingência do Estado.

“A princípio nós estimávamos uma viagem em torno de 20 a 25 dias e encontramos muitas dificuldades em questão de navegação noturna, em função de condições de rio, com bastantes curvas, com isso a balsa não evoluiu com a velocidade máxima que esperávamos, mas a gente conseguiu com todos esses desafios chegar com a balsa aqui e atender a população”. O atraso na chegada da balsa ocasionou no desabastecimento temporários nos postos de combustíveis.

Ainda de acordo com Ênio, quando a balsa chega ao porto, os caminhões de combustíveis são abastecidos para fazer a distribuição nos postos. Este combustível está sendo distribuído para cerca de 30 postos de Rio Branco.

Para o próximo sábado, 29, está prevista a chegada de mais uma balsa carregada com 2,4 milhões de litros de gasolina e será o suficiente para abastecer o Estado durante 14 dias, até chegar o próximo carregamento que está previsto para o dia 10 de abril. “Temos chegando também de Cruzeiro do Sul nesta quarta-feira, um volume de 150 mil litros direto para os revendedores. A população pode ficar tranquila que aos poucos vai normalizando conforme vai chegando o combustível, e estamos colocando um volume significativo no mercado que vai atender perfeitamente a necessidade de Rio Branco”, ressaltou Ênio da Silva. (Alamara Barros / Agência Acre/ Foto: Diego Gurgel/ Secom)

Em busca de gasolina, motoristas madrugaram nos postos de combustíveis nesta terça-feira


(Foto: Divulgação)

BRUNA LOPES

Na manhã desta quarta-feira, 26, o que se ouvia nos quatro cantos da cidade eram histórias de gente que conseguiu abastecer o carro logo nas primeiras horas da madrugada. De pessoas que dormiram na fila do posto para conseguir gasolina nas primeiras horas da manhã, de filas e de pessoas empurrando carro pregado por falta de combustível.

Diante do desespero geral em encontrar um posto com o produto, as redes sociais traçavam mapas para auxiliar os motoristas. O motorista Davi Almeida reclama que tem gente com combustível no tanque e fica atrapalhando quem não tem.

“Tem gente que se apavora. Tem combustível ainda no tanque do carro, mas enfrenta fila e atrapalha quem está na reserva, assim como eu. É um absurdo quem enfrenta 5 horas de fila para colocar R$ 20,00 de gasolina”, denuncia.

Como reflexo do tempo perdido pelos motoristas nas filas dos postos de combustíveis, uma clínica de estética da Capital percebeu um declínio no número de clientes durante toda a semana. “Elas confirmam a consulta, mas atrasam ou nem chegam. O interessante é que a justificativa é a mesma: falta combustível ou estão enfrentando filas nos postos”, explica a atendente.

Nos postos de gasolina também é possível perceber que há pessoas insistindo em armazenar gasolina em galões. Prática que é desaconselhada por questões de segurança. Fora isso, os condutores devem ficar atentos ao atendimento e forma de pagamento nos pontos de combustíveis.

Em alguns desses estabelecimentos, a venda de combustível no cartão de crédito estaria sendo recusada – o que é ilegal. O Órgão de Defesa do Consumidor (Procon) informou que o consumidor que se sentir lesado deve denunciar ao órgão pelo fone 151 ou diretamente no Procon na Central de Serviço Público (OCA), no Centro de Rio Branco.

Mas o pior já passou. Segundo informações do Governo do Estado, a situação será normalizada pelo menos nos próximos 15 dias, com a chegada de mais três milhões de litros de combustíveis.

Acisa reconhece crise, mas minimiza problemas no abastecimento de combustível no Estado

ITAAN ARRUDA

Representantes da Federação das Associações Comer-ciais do Acre, Câmara de Dirigentes Lojistas, Acisa e Associação dos Supermercados do Acre reconheceram o ambiente de crise, mas minimizaram os problemas referentes especificamente ao abastecimento de combustível.

“Estamos vivendo uma crise? É real? Sim, é real. Não discutimos isso”, reconheceu o presidente da Federação das Associações Comerciais do Acre, George Pinheiro. “Só queremos pedir o apoio de vocês no sentido de divulgar os fatos reais. Não está normal e ninguém está escondendo isso”.

“Não temos desabastecimento. Não vamos ter desabastecimento”, esforçou-se o empresário George Pinheiro. “A ansiedade e o stress dos consumidores exigem que nós temos que estar com os nossos tanques cheios quando sabemos que estamos vivendo uma crise e não precisamos ficar na fila, como se não fosse ter o produto amanhã. Vai ter o produto amanhã e vai ter na outra semana. Não temos desabastecimento de produtos primários”.

BR Distribuidoras – Os empresários vinculados ao comércio de combustível alegam que já sabiam que haveria a falta do produto. Já sabiam desde sexta-feira da semana passada. Houve atraso no trânsito das balsas pelo Juruá e pelo Rio Acre.

“A Petrobras, há mais de 25 anos que não recebe produto por via fluvial e a dificuldade logística de colocar as conexões para atendimento terrestre com a balsa foi dificultado”, explicou o representante do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Gás Liquefeito de Petróleo e Lubrificantes no Estado do Acre, Hernandes Negreiros. “Os técnicos trabalharam até oito da noite de ontem [terça] para carregar o primeiro caminhão”.

Até ontem pela manhã, o sindicato contabilizou que 140 mil litros de gasolina chegaram aos postos da Capital. Mas as filas teimavam em não diminuir. No período da tarde, as filas nos postos continuavam, mesmo após a divulgação que uma nova balsa com três milhões de litros tinha atracado em Porto Acre.

A previsão é de que a situação se normalize hoje. “Há situações em que nós falamos que o produto vai chegar às cinco da tarde, mas as pessoas já ficam na fila agora [às 10 da manhã]”, relata Negreiros. “Se o motorista tem meio tanque, não há necessidade de ficar em fila hoje. É preciso conscientização por parte dos motoristas”.

Cheia do Rio Madeira causa grandes prejuízos às transportadoras acreanas

BRENNA AMÂNCIO

Além dos supermercados e do comércio, as empresas acreanas de transportes estão enfrentando grande crise econômica devido à cheia do Rio Madeira. A situação se agravou desde que a BR-364 foi fechada em Rondônia, por não apresentar condições de trafegabilidade. Dezenas de caminhões e carretas aguardam a liberação da rodovia. Mas, até lá, os prejuízos só aumentam.

O executivo de transporte, José Alexandrino de Oliveira, 61 anos, teme que o período de enchente do Madeira se estenda por mais dias. “Transportamos os produtos do cliente de São Paulo a Rio Branco. Só que quando eles compram um produto, a fábrica já gera um boleto, que tem data de validade. Se a carga não chega, o cliente precisa ligar para a indústria para pedir uma prorrogação. Caso isso não aconteça, o boleto vai para o chamado ‘protesto’, o que causaria um transtorno muito grande. No caso de embutidos, laticínios, entre outros, o prejuízo é grande. Se não entregamos a carga, também não recebemos o valor do frete. Estamos em crise financeira”, explica.

Como medida, algumas empresas, como a que Alexandrino trabalha, estão alugando depósitos em Porto Velho/RO para guardar as mercadorias que deveriam vir para o Acre. De acordo com ele, os carreteiros de todo o país estão se recusando a pegar cargas. “Ninguém que pegar um serviço para cá. Eles estão se recusando porque sabem da situação atual da estrada”.

Em 40 anos de comércio no Acre, Alexandrino alega não ter visto antes uma enchente com tais proporções. “Enfrentei muita estrada, atoleiro e lama daqui para Cuiabá. Porém, nada assim. Acredito que as barragens das usinas de Jirau, em Santo Antônio, são as responsáveis por causar esse transtorno. A Hidrelétrica de Samuel foi construída, mas não deu esse problema. Mesmo que depois elevem a estrada em 3m, toda vez que chegar nesse período, àquelas cidades irão sofre com o alagamento”.

“Estamos fazendo esforço de uma operação de guerra”, diz Tião Viana em programa de TV


(Foto: Gleilson Miranda/ Secom)

O governador Tião Viana foi entrevistado, no início da tarde desta quarta-feira, 26, pelo jornalista Bruno Cassio, no jornal Acre TV, da TV Acre, afiliada da Rede Globo no Estado. Tião Viana falou sobre a situação do abastecimento que enfrenta período atípico, devido o isolamento via BR-364, que tem trechos inundados na região oeste de Rondônia.

“Estamos fazendo o esforço de uma operação de guerra. O Acre vive um isolamento por questões que são alheias a nós, devido à cheia do Rio Madeira que, inundado, impede a passagem de veículos, desde a última quinta-feira. Temos um exército de pessoas atuando para acharmos saídas para essa situação”, afirmou.

O governador ressaltou que há 13 máquinas na estrada, região onde a inundação do Rio Madeira mais prejudica a trafegabilidade de caminhões. “São 15 profissionais do Acre trabalhando, em Rondônia, dia e noite. Quatro aeronaves fazendo o transporte de produtos para abastecer os atacadistas e distribuidores, com objetivo de garantir os alimentos básicos perecíveis e não perecíveis”.

Sobre o abastecimento de combustíveis, o governador disse a Bruno Cássio que “houve um desabastecimento temporário, ainda há pessoas em filas nos postos de combustíveis porque as balsas que chegaram, uma com 2,5 milhões de litros de combustíveis, em Cruzeiro do Sul, e outra com 2,2 milhões de litros, em Boca do Acre, não conseguiram atracar e fazer a distribuição em caminhões”.

Segundo Tião Viana, esse imprevisto gerou um atraso no abastecimento de postos de combustíveis. “Resolvemos a questão da chegada das balsas. Em Porto Acre, chegaram mais 45 mil de litros, nesta quarta-feira, e outros 100 mil litros sairão de Cruzeiro do Sul, na terça-feira”, completou.

Telespectadores de Plácido de Castro e de Capixaba perguntaram ao governador sobre o abastecimento de combustíveis nos municípios. Tião Via-na explicou que, dos 235 mil litros de combustíveis que chegaram por balsas, cerca de 70 mil ficaram em Rio Branco e o restante foi encaminhado aos municípios.

“Os municípios passaram por sofrimento e privação por causa da demora, que eu falei anteriormente, da chegada das balsas. Hoje temos 8,5 milhões de litros dentro do Acre e amanhã chegará mais uma balsa. Temos uma previsão de 16 bilhões de litros nas próximas semanas e devemos ter uma fase, daqui uns 12 ou 15 dias, de intervalo e eu pedi autorização da Agência Nacional do Petróleo e da Petrobras Importadora, para que o Estado possa importar 2 milhões de litros de combustíveis do Peru”.

Tião Viana pediu que o distribuidores dos municípios se unam para que as comunidades não sofram. (Nayanne Santana / Agência Acre)

Aviões da FAB chegam a Rio Branco com carregamento de medicamentos para abastecer unidades de saúde

No final da manhã desta quarta-feira, 26, um avião Hércules C-130, da Força Aérea Brasileira (FAB) desembarcou no aeroporto internacional Plácido de Castro com doze toneladas de medicamentos que serão distribuídos em diversas unidades e postos de saúde da Capital. A medida cumpre anúncio feito nesta terça-feira, 25, pelo governador Tião Viana e pelo prefeito Marcus Alexandre, os quais garantiram os maiores esforços para que as unidades de saúde de Rio Branco e da rede estadual mantenham os estoques de medicamentos prioritários da Farmácia Básica, especialmente aqueles de uso contínuo, como Omeprazol, Metformina e Paroxetina.

Nesta quinta-feira, 27, mais um carregamento de oito toneladas dos mais diversos medicamentos, inclusive os de uso contínuo, deve chegar a Rio Branco. O abastecimento das unidades de saúde com medicamentos será coordenado pela Secretaria Municipal de Saúde.

Além dos medicamentos, o Governo do Estado está adquirindo 2,4 toneladas de oxigênio hospitalar, que abastecerá os hospitais da cidade. A aquisição é parte dos esforços do Governo do Estado e da prefeitura para manter o abastecimento dos setores essenciais.

Esta semana, prefeito e governador reafirmaram o esforço para manter o abastecimento não apenas de medicamentos, mas também de alimentos, combustíveis, além de materiais não perecíveis.

De acordo com o prefeito Marcus Alexandre, tanto a prefeitura quanto o Governo do Estado vem realizando todos os esforços para garantir o abastecimento de produtos de primeira necessidade. ”Nós estamos vivenciando o maior desastre natural pelo qual passam Rondônia e o Rio Madeira”, frisou o prefeito.

Os esforços da prefeitura têm garantido, inclusive, que serviços importantes como tapa-buracos, não tenham interrupção. A parceria com o Governo do Estado e também com o Governo Federal tem garantido a manutenção dos corredores de ônibus e de vias importantes da nossa cidade.

“A atitude do governador Tião Viana, além da união de toda a comunidade e a compreensão da população tem sido fundamentais para superar esta situação”, observou o prefeito. Técnicos das secretarias de Saúde do Município e do Estado estão em Porto Velho planejando e acompanhando de perto o embarque de medicamentos. A Distribuidora Recol disponibilizou seu Terminal de Logística na capital rondoniense para que outras empresas possam usá-lo com base do controle e embarque de remédios. Os medicamentos devem chegar a Rio Branco em dois aviões Bandeirante. Cerca de 5 toneladas de medicamentos desembarcam nas próximas horas na Capital, assegurando o abastecimento de itens prioritários da Farmácia Básica nas unidades de saúde. O planejamento foi realizado em encontro no Gabinete do Governador. (Ascom PMRB)

Ameaça da falta de gás de cozinha já foi superada e esforços são para manter insumos essenciais

O governador Tião Viana participou na manhã desta quarta-feira, 26, do programa Bom Dia Rio Branco, da TV Rio Branco, afiliada ao Sistema Brasileiro de Televisão (SBT), para falar sobre as ações que o governo está tomando para que o Acre mantenha o abastecimento de bens de consumo durante o período em que a BR-364, no trecho que liga o Acre a Rondônia, está sofrendo limitações de trafegabilidade.

Na conversa com o jornalista Astério Moreira, o governador ressaltou que esta é a maior enchente registrada, desde 1914, na região do Rio Madeira e frisou que em virtude da gravidade da situação a gestão estadual não tem medido esforços para que os produtos de bens de consumo e insumos essenciais cheguem ao território acreano.

Para isso, Tião Viana destacou que o governo enviou 13 máquinas e 15 homens para trabalhar diretamente em obras que visam dar trafegabilidade na rodovia no trecho de Rondônia, numa atividade conjunta com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). “Com apoio da Hidrelétrica de Jirau fizemos quatro portos, em menos de uma semana. Hoje estamos com boas chances de viabilizar uma subida de 40 centímetros no leito da estrada com pedra e brita para que as carretas possam passar”, afirmou.

Abastecimento de gás e combustíveis – O governador comentou que a ameaça da falta de gás de cozinha foi superada com a chegada de uma balsa que garante a estabilidade do produto até maio. “Houve um grande apoio das empresas. Elas chegaram a ter prejuízos de R$ 14 milhões com essa mudança de logística. Tudo para não prejudicar a população”.

Ao falar sobre a situação dos combustíveis, Tião Viana comentou a falta de combustíveis em postos da cidade e a busca dos consumidores para abastecer seus veículos, na terça-feira, que provocou filas em estabelecimentos. “A BR que é responsável pela distribuição do produto na região atrasou a entrega em algumas horas”, esclareceu. (Nayanne Santana / Agência Acre/ Foto: Sérgio Vale)

Fecomercio/AC envia documento para o Banco da Amazônia pedindo para que intervenha pelo comércio

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Acre enviou documento a  Superintendência do Banco da Amazônia, no sentido de  intervir em favor dos empresários do comércio do Acre, que estão padecendo com a situação de emergência na qual se encontra.

No documento o presidente da Fecomercio/AC, Leandro Domingos, explica que  desde o momento em que o Acre viu-se isolado por conta do transbordamento do Rio Madeira, em Rondônia, todos os esforços dos empresários do comércio estão sendo direcionados na manutenção de sua capacidade produtiva, assim como manter os compromissos, tanto fiscais e tributários quanto com fornecedores. No entanto, tal plano não tem sido possível manter.

Domingos enfatiza no documento que a questão do desabastecimento tem preocupado não somente os comerciantes como também toda a população acriana, que têm sofrido com as restrições impostas por um fenômeno da natureza, impossível de ser regulado.

“Não há perspectiva imediata de resolução dos problemas nem tampouco a possibilidade de se observar vazante naquele rio, por isso gostaríamos que as autoridades bancárias se sensibilizassem e que sejam flexíveis quanto aos prazos para pagamento das dívidas vencidas e vincendas e, caso possível, seja feita a repactuação das mesmas, criando-se a possibilidade de cumprimento das obrigações assumidas por cada um deles. Essa situação extrapola os limites dos negócios para assumir uma condição de reestabelecimento do comércio e do equilíbrio econômico/financeiro, tanto dos comerciantes quanto do próprio Estado”, explica.

O documento é finalizado explicando que os recursos até então destinados ao capital de giro estão sendo utilizados na cobertura de outras tantas despesas e custos sem previsão de retorno. “É de extrema relevância que sejam criadas linhas de crédito específicas para o socorro dos negócios, com taxas de juros diferenciadas, para o fomento do capital de giro das instituições atingidas pela situação de emergência na qual o estado está inserido”, finalizou Leandro. (Ascom Fecomercio/AC)

Jorge Viana critica alta no preço das passagens aéreas para o Norte após enchente

O senador Jorge Viana protestou contra os preços abusivos cobrados pelas companhias aéreas em voos que partem de Brasília para a Região Norte.

Jorge Viana fez uma comparação do preço das passagens cobradas no trecho Brasília/ Rio Branco e Rio Branco-Brasília no ano passado com os preços cobrados este ano. Ele informou que em fevereiro do ano passado gastou em seis passagens aéreas R$ 3.080, e, neste ano, com quatro viagens, já gastou R$ 5.242.

O senador acrescentou que hoje, para ir de Brasília a Rio Branco, o passageiro vai pagar R$ 2.022, um preço que considerou absurdo.

“Claro que 40 por cento do preço da passagem hoje é combustível e o Acre tem o combustível elevado, mas nada justifica numa hora dessa o preço da passagem Rio Branco/Brasília, Brasília-Rio Branco ter triplicado”, disse o senador.

Jorge Viana disse ainda que a situação no Acre é muito grave devido às enchentes do Rio Madeira, no estado vizinho de Rondônia. Ele lembrou que as cheias no Rio Madeira causaram alagamento da BR-364, principal ligação por terra do Acre com o resto do país.

A consequência disso, afirmou o senador, é que o Estado está sofrendo com desabastecimento. E o setor produtivo, principalmente o comércio, está enfrentando grandes dificuldades.

Por isso, Jorge Viana está reivindicando junto aos bancos oficiais, como o BNDES, uma linha de crédito especial para atender a todo o setor produtivo do Acre. Ele frisou que, se isso não for feito, haverá inadimplência e falência.

“Nós vamos ter a transferência dessa situação já tão grave para o consumidor”, alertou. (Assessoria Parlamentar)

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