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Governador Tião Viana vai processar secretária de São Paulo, Eloisa Arruda, por danos morais

O governador do Acre, Tião Viana vai entrar com ação judicial de reparação de danos morais contra a secretária de Justiça e Defesa da Cidadania de São Paulo, Eloisa de Souza Arruda, por difamação e injúria. O motivo é que a secretária teria utilizado termos ofensivos ao falar sobre o envio de centenas de imigrantes, na maioria haitianos, para a cidade de São Paulo.

“Nós vamos entrar com uma ação civil de reparação de danos morais por difamação e injúria pela secretária ter chamado o governador de ‘coiote’, além de aplicar outros termos injuriosos, como ‘irresponsável’”, explica o advogado Odilardo Marques, que vai representar Tião Viana no processo.

O advogado explica que, além da ação, vai ser ingressado uma representação criminal no Ministério Público. Marques diz que os documentos estão sendo protocolados, mas ainda nesta segunda-feira (28) o trabalho deve ser concluído.

“No MP, a gente não entra direto com a ação, porque a ação penal relativa a governador de estado é mediante representação. O MP é que vai ver se cabe ou não a apresentação da ação penal. A gente está protocolando, mas hoje vamos entrar”, diz.

Segundo o secretário de Justiça e Direitos Humanos do Acre, Nílson Mourão, diz que a secretária Eloisa de Souza vai ser responsabilizada pelas declarações.  “Enquanto estávamos com debate político para saber se devíamos avisar ou não, era uma coisa. Outra coisa é acusar o governador de coiote. Coiote é um traficante de ser humano, um explorador das pessoas e que ganha dinheiro com isso. Por essas afirmações, ela vai ser responsabilizada”, afirma Mourão.

Entenda o caso
Devido à cheia do Rio Madeira e as dificuldades de tráfego pela BR-364, única via de acesso terrestre que liga o Acre ao restante do país, o número de imigrantes cresceu no município de Brasiléia, interior do Acre, chegando a 2.500. Para viabilizar o transporte, o Governo do Acre desativou o abrigo no município e transferiu todos para Rio Branco.

Na Capital, as aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) e outros aviões fretados, que chegavam com mantimentos ao Estado, voltavam para Porto Velho (RO) com os imigrantes como passageiros. Em seguida, são encaminhados para a cidade de São Paulo (SP). (Caio Fulgêncio / G1/AC)

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