Após a grande imprensa paulista divulgar uma série de reportagens e notas criticando a presença de imigrantes haitianos enviados pelo governo acreano para o Estado de São Paulo, o secretário de Indústria, Comércio e dos Serviços Sustentáveis, Edvaldo Magalhães, se pronunciou em nome do governo do Acre.
Segundo o gestor, as críticas são preconceituosas. Ele frisou que o Acre há quase 4 anos vem tratando a situação de forma humanitária, mesmo o Estado sendo um dos menores da Federação em termos econômicos. Edvaldo Magalhães disse se sentir surpreso com as declarações dos governantes paulistas, pois o número que está em São Paulo é bem inferior ao que já esteve abrigado em Brasileia, ou seja, não passam de 200 haitianos.
“Gastamos a nossa gordura política, não digo nem econômica. Agora, São Paulo, só porque recebe um contingente de 200 haitianos, faz uma chiadeira”, disse o secretário.
Ainda de acordo com ele, os imigrantes estão passando privações, pois o governo paulista não tem dado a atenção devida até para inserção desses no mercado de trabalho.
Magalhães também teceu críticas à forma com que o Ministério da Justiça (MJ) vem tratando a causa. Ele afirma que o governo federal está sendo ‘preconceituoso’ com os haitianos e sacrificando os Estados menores.
“O Ministério da Justiça dizer que estamos facilitando é brincadeira. Se querem acolher, que o façam com dignidade. Se não, assumam o ônus de fechar a fronteira” e alfinetou: “Não dá para bancar o bonzinho diante da diplomacia internacional e aqui restringir a acolhida”, disparou o secretário acreano.