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Dia do autista tem passeata em Rio Branco

 Mesmo com o forte calor que fez nesta terça-feira, 2, os pais de autistas no Acre fizeram uma passeata no centro de Rio Branco para cobrar do poder público, políticas voltadas para o atendimento dos pacientes que sofrem com a síndrome. Nessa data se comemora o dia mundial de conscientização do autismo.

A passeata começou na Praça da Revolução e terminou no hall da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac). Segundo o Grupo Família Azul, é o nome do grupo de apoio as mães e pais de crianças com diagnóstico de autismo, mais de 400 casos foram diagnosticados em todo o Estado.

 O grupo pedia pelo apoio dos deputados para a realização de uma audiência pública e a adequação da Lei Nacional sancionada pela presidente Dilma Rousseff. Panfletos informativos foram distribuídos na tentativa de conseguir a adesão da sociedade.

 A Lei nº 12.764, que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, foi publicada no Diário Oficial do último dia 28 de dezembro. Dentre os pontos previstos na Lei está a participação da comunidade na formulação das políticas públicas voltadas para os autistas, além da implantação, acompanhamento e avaliação da mesma.
Nesta quinta-feira, 3, acontece uma cicleata, saindo da Concha Acústica do Parque da Maternidade a partir das 19h. Segundo a organização do evento, as outras atividades se estendem até a sexta-feira (4).

 Desde 2008, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu o segundo dia do mês de abril como o Dia Mundial da Conscientização do Autismo. Para comemorar a data, o grupo de apoio Família Azul iniciou, nesta terça-feira (1) uma série de atividades, tanto para pais e mães de crianças autistas quanto para a sociedade em geral, em Rio Branco. As atividades em alusão a data se estendem até a sexta-feira (4).

 De acordo com uma das organizadoras do grupo e também mãe de autista, Rosy Sousa, fala que é necessário a conscientização da sociedade sobre a doença.  “Nós estamos trabalhando essa semana, para que todos vejam a seriedade da quantidade de crianças que estão sendo diagnosticadas. A sociedade precisa estar conscientizada do que é o autismo, de como identificar, para que, principalmente, o preconceito seja eliminado”, explica.

 O grupo Família Azul foi criado em 2011, atualmente, é formado por cerca de 60 famílias. Rosy Sousa, mãe de duas crianças com autismo, foi uma das responsáveis pela criação da equipe. Ela conta que o espaço é de compartilhamento de experiências.

“Nós iniciamos com um grupo pequeno, de apenas três mães. Não tínhamos essa denominação, mas com o tempo, fomos vendo que éramos uma família e precisávamos dessa intitulação. Porque é assim que a gente se comporta. Tem coisas que a gente só compartilha umas com as outras”, diz Rosy.

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