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Jovens fazem “intervenção” em Rio Branco no dia em que Golpe Militar faz 50 anos

Intervenção urbana - 50 anos do Golpe Militar - FOTO Brenna Amâncio 11

O Golpe Militar completou 50 anos nesta segunda-feira, 31 de março. No Acre, lideranças de todas as frentes organizadas da juventude realizaram um ato de intervenção nas escolas e no Centro de Rio Branco. Aproximadamente 200 jovens participaram do movimento.

O movimento ganhou dimensões nas redes sociais. Mais de 500 estudantes já participaram dos debates. O grupo organizado faz parte da Jornada Nacional de Lutas da Juventude e trazem para o Estado causas debatidas no Brasil, como o Plano Nacional de Educação e o Plebiscito Popular pela Constituinte da Reforma Política. Dessa forma, debates e intervenções são planejados e executados a fim de discutir assuntos de interesse da sociedade, explica o acadêmico de Direito,  Weverton Matias.

“Estamos construindo uma intervenção para apresentar à sociedade o que foi o Golpe Militar. Uma afronta à democracia. Esperamos que este processo nunca mais se repita. Nossa intenção não é fazer apologia à ditadura, mas sim se lembrar de um tempo do Brasil obscuro”, defende Matias.

Ainda na tarde de ontem, o grupo realizou um debate sobre o assunto, no Casarão. “Queremos despertar este comprometimento social. De o estudante valorizar e preservar a democracia”.

Sobre os cartazes espalhados recentemente em Rio Branco, apoiando o retorno da Ditadura Militar, Matias acredita que se trata de um ato covarde, levando em consideração que ninguém assumiu a responsabilidade pelas faixas. “Acho que toda forma de pensamento é válido, mas não apoio uma ideia que vá de encontro com a democracia. Não cabe a nós censurar. Porém, nós, estudantes, não vamos admitir, nem ficar calados e inertes diante disso. Gostaria, inclusive, de convidar pessoas que pensam assim a promover um debate conosco”.

No dia 9 de abril, o grupo fará um grande processo de mobilização de rua chamando a sociedade a defender uma ideia. Os jovens irão se concentrar na Praça da Revolução com destino à Rua África, no Segundo Distrito. A estimativa é de que aproximadamente 6 mil estudantes participem do evento. “Todo mundo poderá levantar a sua bandeira. É uma forma de exercitar a democracia”. (Foto: Brenna Amâncio/ A GAZETA)

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