O livro relata a vida de Sebastião, com várias histórias, pontos de vista e poesias inspiradoras. Essa é a segunda obra do autor. A primeira foi o livro ‘Os homens também amam’.
Sebastião cortou seringa dos 10 aos 19 anos de idade. Ele só foi aprender a ler e a escrever aos 20 anos, quando já havia saído do seringal. Desde então, prometera a si mesmo que um dia colocaria um pouco de tudo o que aprendera na vida em um livro e assim o fez.
Ele já foi colono, gari, soldado do Exército Brasileiro no 7º BEC, operador de máquinas leves e pesadas, vigilante, fiscal, inspetor e supervisor geral de segurança e vigilância, taxista, chefe da Coordenação de Intermediação ao Trabalhador, chefe de assessoria Técnica e chefe da assessoria administrativa de Secretaria do Trabalho e Bem Estar Social de Rio Branco.
Atualmente, trabalha na própria lanchonete e, nas horas livres, planeja um novo livro. Ele também está perto de concluir o curso superior de Teologia.
‘O Seringueiro que Sonhava Ser Doutor’ levou aproximadamente nove meses para ficar pronto. Sebastião conta que o escritor acreano sofre algumas dificuldades para completar suas obras devido à falta de uma editora local. “Infelizmente não temos gente capacitada para isso. Se não fosse o apoio do Governo do Estado, eu não estaria realizando este sonho”, afirma.
Para o escritor, duas lições de vida estiveram presentes no seu cotidiano, que são: “o nosso sofrimento é o tamanho da nossa ignorância” e “a violência é a resposta de quem não tem razão e nem amor no coração”.
O livro foi publicado por meio da Lei de Incentivo à Cultura, com patrocínio da Fundação Elias Mansour e do Sesc.
A obra já está disponível nas livrarias Paim, Dom Oscar Romero, na Banca Central, no Aeroporto, na banca de revista da Praça José Augusto e no lanche do próprio autor, que fica em frente ao Tribunal Regional Eleitoral do Acre, na Via Verde, no valor de R$ 20,00. (Foto: Odair Leal/ A GAZETA)