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Deputados se manifestam sobre o afastamento de secretários para disputar cargos no Legislativo

 O anúncio do afastamento de secretários de Estado das funções públicas por conta da Lei de Inelegibilidades teve reação imediata entre os parlamentares da base governista. Os que se pronunciaram a respeito do assunto, diferente de outras épocas, foram amenos nas críticas.

 O deputado Walter Prado (Pros) explicou que o fato de terem sido secretários não quer dizer que serão eleitos. Ele citou que em 2006, quando foi chefe de Polícia Civil e tinha uma aceitação popular, entretanto, teve uma baixa votação.

“Tinha uma popularidade alta, mas isso não se traduziu em votos. Eleição é como jogo de futebol, tem dia que o Messi e o Neymar jogam ruim”, disse o parlamentar. 
Ainda de acordo com ele, a população acreana saberá discernir os parlamentares que realmente fizeram uma boa atuação. Segundo ele, é normal a alternância na democracia. “Vejo como um fato normal”.

 Já o deputado José Luís Tchê (PDT) manteve o discurso contrário à candidatura de secretários de Estado, mas em tom ameno. De acordo com o parlamentar, a filosofia dos dois governos passados, ambos do PT, era de apoio à base governista. Entretanto, afirmou respeitar a decisão do governador Tião Viana em apoio à disputa eleitoral por parte do seu secretariado.
“Desde o início fui contrário. Nos governos Binho e do Jorge era outra postura, mas temos que respeitar a decisão dele [Tião Viana]. Entendo que a base do governo não é uma base eloquente, como se espera o governador. Mas ele tem uma base fiel”, ressaltou o deputado pedetista.

 Tchê fez críticas à liderança do governo na Casa, sob o comando do deputado Astério Moreira (PEN). Ele afirmou que tudo que se passa na Aleac tem o aval do líder do governo. Ele reclamou da falta de diálogo.

“O que se passa na Aleac depende muito do líder do governo. O líder não se reúne e não conversa. Teve uma reunião dos vetos e a oposição estava presente. Eu disse que a reunião estava errada porque era apenas da base e a oposição não tinha que estar ali”, disparou o deputado.

 Quanto à candidatura de secretários, o deputado Astério Moreira (PEN) disse ser absolutamente normal no processo democrático e que não há nenhum impedimento legal para que eles disputem. “É saudável. Não é ruim. Esse negócio que não pode é errado. Pode e deve. A Aleac precisa se renovar. Vou lutar pela minha reeleição. Sei que de 10 a 12 deputados novos entrarão aqui”.

 Mesmo com um discurso favorável, o líder governista alfinetou: “agora eles vão saber o que é ser candidato, não estando no posto”. E acrescentou que quanto aos parlamentares não deve haver preocupação em relação à perda de espaços porque estes já têm suas bases consolidadas.

Categories: POLÍTICA
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