Após 12 horas de julgamento, o Tribunal do Júri de Brasiléia condenou a 27 anos de prisão em regime fechado Luiz Carlos Ferreira, principal acusado de matar a tiros, queimar e jogar em um lixão, com a ajuda de um comparsa, o corpo da ex-companheira Cristiane Maria Prudente, 20 anos. O crime ocorreu em julho de 2011, em Brasileia, a 230 km de Rio Branco, e ficou conhecido como ‘Caso Lixão’.
O julgamento começou na manhã de segunda-feira, 19, e terminou apenas à noite, no Fórum de Brasileia. Participaram do julgamento a promotora de justiça, Maria Fátima Ribeiro, o juiz Clóvis de Souza Lodi e o advogado de defesa, Francisco Valadares Neto.
Apontado como comparsa de Luiz Carlos, Jonathan Wendell Ribeiro Rodrigues, o “Ferrugem”, foi julgado e condenado em março deste ano a 17 anos de prisão em regime fechado.
Para o advogado de defesa, Francisco Valadares Neto, a decisão foi contrária às provas dos autos e exacerbada no que diz respeito a pena. Segundo ele, não existia elementos para a condenação da maneira que foi realizada. Valadares já recorreu da decisão. “Não concordando com a decisão, interpus um recurso na própria sala de audiência assim que acabou o júri”, disse.
Valadares explicou ainda que, com o enceramento do caso em Brasileia, o processo será encaminhado a Rio Branco para a avaliação do recurso, e espera-se outro julgamento do caso dentro de 20 dias.
Entenda o caso – Cristiane, na época com 20 anos, foi assassinada no dia 25 de julho de 2011. O crime teria sido motivado porque Luiz Carlos não aceitava o fim do relacionamento. O acusado teria contratado os serviços de “Ferrugem”, para um trabalho de magia negra, que garantiria que ela voltasse para ele.
No dia do crime, de acordo com o inquérito policial, Luiz Carlos e o comparsa levaram a vítima para o aterro sanitário de Brasiléia, depois de um dia consumindo bebida alcoólica. Ela foi morta a tiros e teve o corpo enrolado em um cobertor com combustível, que foi incendiado, em seguida.