Revoltados com o cancelamento da audiência entre a direção da Cooperativa de Trabalhadores Autônomos em Serviços Gerais (Coopserge) e o Ministério Público do Trabalho (MPT), os cooperados interditaram a rua em frente ao órgão e depois em caminhada protestaram em frente à delegacia do MPT, localizada na rua Floriano Peixoto. O trânsito ficou complicado no local durante a manifestação.
Uma das exigências do Ministério do Trabalho é que a cooperativa assine a carteira de trabalho dos servidores. Atualmente são mais de 2,4 mil cooperados. A presidente da Copeserg, Rosenira da Costa, destaca que não tem condições de cumprir as exigências do MPT.
“Além disso, o MTP exige que nós devemos pagar por danos morais coletivos e estamos impedidos de realizar novas contratações. Nós que realizamos um trabalho sério. Empregamos pessoas, geramos renda, impostos. Queremos respeito”, declara a presidente.
Rosenira conta que a audiência entre o MPT e a Coopeserg foi desmarcada nesta quarta-feira, 21, por falta de promotor, já que dois estão de férias e o outro, em treinamento. A cooperativa atua no Acre há 14 anos.
O diretor da Coopserge, José Roberto de Araújo afirmou que o motivo seria uma fiscalização do Ministério do Trabalho que aplicou 16 autos de infração à cooperativa com base na Consolidação das Leis do Trabalho.
O diretor destacou ainda que, no Acre, são 33 mil pessoas que trabalham direta ou indiretamente com cooperativismo, e que a Coopserge gera em torno de R$ 18 milhões em renda anualmente, sendo que R$ 14 milhões são para pagamentos dos cooperados e outros R$ 2 milhões com pagamento de impostos.
Fotos/Odair Leal/A GAZETA