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Fundador da Telexfree é preso nos Estados Unidos

O americano James Matthew Merrill, um dos fundadores da Telexfree, foi preso nos Estados Unidos nesta sexta-feira, 9. A empresa é acusada de ser uma pirâmide financeira bilionária, que atraiu mais de 1 milhão de pessoas no Brasil.

A promotoria de Massachusetts, responsável pelo pedido, ainda não informou o motivo da detenção.

Merrill criou a Telexfree em 2002, com o brasileiro Carlos Nataniel Wanzeler, nos Estados Unidos.  O negócio, porém, ganhou corpo no Brasil a partir de 2012, quando a empresa começou a atrair investidores com a promessa de lucrarem com a venda de pacotes de telefonia VoIP.

Para as autoridades brasileiras e americanas, a venda do serviço tratava-se apenas de uma fachada para uma pirâmide financeira. A Telexfree, segundo as acusações, sustentava-se das taxas de adesão pagas pelos investidores, chamados de divulgadores.

A empresa afirma ter arrecadado cerca de R$ 3 bilhões em todo o mundo, mas até o mês passado as autoridades americanas que investigam o negócio apenas haviam encontrado registros de R$ 674 milhões.
Em janeiro, a Telexfree anunciou um patrocínio ao clube Botafogo de Futebol e Regatas, do Rio.

Procurado, um porta-voz da Telexfree informou que não poderia comentar imediatamente a informação.

Empresário é réu em processo no Brasil

No Brasil, Merrill é réu numa ação civil pública em que o Ministério Público do Acre (MP-AC) o acusa, junto com outros responsáveis da Telexfree, de criar uma pirâmide financeira.
O caso, entretanto, ainda não foi julgado.

Em junho de 2013, as atividades e contas da Ympactus Comercial, braço brasileiro da Telexfree, foram bloqueadas a pedido do MP-AC. O negócio, porém, continuou a atuar no País por meio das unidades do grupo nos Estados Unidos, conforme o iG revelou em reportagem.

No mês passado, a Securities and Exchange Comission (CVM, a Comissão de Valores Mobiliários americana) determinou o congelamento dos bens do grupo Telexfree, de seus sócios e de três grandes divulgadores.

Nas contas

A Secretaria de Estado de Massachusetts, onde fica a sede do negócio, começou a cadastrar as vítimas para um eventual ressarcimento.

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