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Fundador brasileiro da Telexfree é tido como ‘foragido’ pela polícia dos EUA

Se condenado, Wenzeler pode pegar 20 anos de prisão
Se condenado, Wenzeler pode pegar 20 anos de prisão

Depois da prisão do principal fundador da Telexfree, James Merrill, o outro fundador da empresa, o brasileiro Carlos Nataniel Wanzeler, 45 anos, é considerado um fugitivo da polícia norte-americana. A empresa é acusada de ser uma pirâmide financeira bilionária, que atraiu mais de 1 milhão de pessoas no Brasil. Os dois empresários são acusados de conspiração para cometer fraude eletrônica, e podem pegar até 20 anos de prisão se condenados.

A corte estadual do Estado americano de Massachusetts decidiu acusar criminalmente os responsáveis pela empresa. James Merrill, 52 anos, foi detido pelas autoridades e deu um depoimento inicial na corte de Worcester.

No mês passado, relatório da Secretaria de Estado de Massachusetts afirmou que a Telexfree é uma pirâmide financeira que arrecadou cerca de US$ 1,2 bilhão em todo o mundo e a Justiça dos Estados Unidos determinou o congelamento dos bens do grupo.  (Correio do Estado e Portal iG Notícias)

Acusação criminal – A procuradora norte-americana Carmen Ortiz diz que o “escopo desta suposta fraude é de tirar o fôlego”. “Como alegado, estes réus planejaram um esquema que colheu centenas de milhões de dólares a partir de pessoas que trabalham duro em todo o mundo”, afirmou.

O agente especial encarregado de investigações internas diz que uma das prioridades da investigação é acompanhar o fluxo do dinheiro ilícito da empresa ao redor das fronteiras americanas e orientou que “se o negócio é muito bom para ser verdade, provavelmente é”.

A denúncia alega que a Telexfree é um esquema de pirâmide e que, entre janeiro de 2012 e março de 2014, quis comercializar o seu serviço de VoIP por meio do recrutamento de “milhares de promotores”, que publicavam anúncios do produto na internet. Cada promotor era obrigado a “comprar” o produto por um preço determinado pela Telexfree, pelo que eram compensados.

A postagem de anúncios eram uma “atividade sem sentido”, segundo a denúncia, em que os promotores apenas colavam as propagandas em sites que já estavam cheios de anúncios de outros participantes. De acordo com o depoimento, a Telexfree arrecadava menos de 1% da receita das vendas de serviço de VoIP ao longo dos últimos dois anos. Mais ou menos 99% do faturamento vinha de novas pessoas que entravam no esquema. “A Telexfree só era capaz de pagar o rendimento prometido aos promotores existentes trazendo dinheiro de novos recrutados”, diz a nota da Justiça. (Globo.com/ Foto: Divulgação)

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