A Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos, (Sejudh) do Governo do Acre, anunciou na manhã de ontem que o Estado vai transferir na segunda-feira, os refugiados haitianos, senegaleses, dominicanos e nigerianos que estão abrigados provisoriamente no Parque de Exposições Marechal Castelo Branco.
Até ontem, eles eram 404 pessoas, abrigadas provisoriamente no parque, na AC-40.
O governo pagará R$ 20 mil mensais pelo aluguel da Chácara Aliança, o novo local dessas pessoas, antes de seguirem para o Sul e Sudeste do país.
A locação seria de R$ 40 mil, mas segundo a Sejudh, o proprietário “se sensibilizou” com a diáspora e quer ajudar o Estado, baixando o preço pela metade.
O local, construído para grandes eventos, tem cinco pousadas com mais de 20 apartamentos e outras facilidades.
No entanto, eles não terão acesso a piscina, segundo informou o coordenador da Sejudh, Ruscelino Barbosa, nesta sexta-feira.
“Como o parque terá que passar por reformas, para receber a tradicional feira agropecuária Expoacre, as obras já começam agora em junho”, explicou Barbosa.
De acordo com o coordenador entre 100 e 120 estrangeiros por semana estão chegando a Rio Branco, pelo município de Assis Brasil (a 310 quilômetros de Rio Branco, na fronteira com o Peru).
“Somente nesta sexta, chegaram 29 pessoas”, frisa Barbosa. A rota, sobretudo, de haitianos continuará por pelo menos mais um ano, prevê o órgão.
Nos últimos dois anos, mais de 22 mil refugiados, a maioria do Haiti, entraram pelo Acre, via a fronteira com o Peru e a Bolívia. Daqui, eles vão a São Paulo, cidade que serve de conexão para outras, a maioria no Paraná e no Rio Grande do Sul, onde encontram parentes. “Geralmente, eles já vão com destino certo”, diz Barbosa. (Foto: Odair Leal/ A GAZETA)