No dia do aniversário de 78 anos de fundação do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), servidores no Acre entraram em greve na manhã desta quinta-feira, 29. O movimento é nacional e já atinge mais de 70% do efetivo. Na pauta de reivindicações dos grevistas estão realização de concurso público e autonomia para realização e publicação das pesquisas.
No Acre, os servidores ainda incluem nas pautas a política para remoção de profissionais que são de outros estados e desejam retornar aos seus locais de origem, além de melhores condições na infra-estrutura de espaços físicos e equipamentos.
“São 78 anos retratando o Brasil. Não podemos sofrer intervenções do governo. Pesquisas estão sendo impossibilitadas de serem divulgadas, como a Nacional de Amostra de Domicílios Contínua (Pnad). Outras foram adiadas e tiveram cortes orçamentários, que é o caso da Pesquisa de Orçamento Familiar. O órgão gera informação e essa informação tem que ser limpa”, disse o analista de planejamento Jailson Soares.
Outra reivindicação é a substituição dos servidores efetivos pelos temporários. “Não somos contra o servidor temporário, afinal de contas, não teríamos condições de fazer o nosso trabalho se não fosse por eles. Por isso, estamos lutando por melhorias na remuneração deles. Queremos que eles sejam valorizados”, confirma.
Os servidores alegam que há mais de um ano tentam negociar com o Governo Federal, mas sem sucesso. A última greve dos trabalhadores do órgão foi em 2012, com duração de dois meses.
Além do Acre, os núcleos em greve estão distribuídos por Rio de Janeiro, Amapá, Amazonas, Distrito Federal, Paraíba, Alagoas, Rio Grande do Norte, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Espírito Santo, Bahia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. (Foto: Odair Leal/ A GAZETA)